Economia

Setor de vestuário em Minas prevê recuperação neste ano

Setor de vestuário em Minas prevê recuperação neste ano
Vestuário | Crédito: Divulgação

Com exceção de alguns nichos – como o de pijamas –, o setor de vestuário em Minas Gerais foi muito impactado pela pandemia da Covid-19 no que diz respeito a diferentes situações.

Embora ainda não haja números concretos de quanto foi a queda do segmento no ano passado, o presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Minas Gerais (Sindivest-MG), Rogério Vasconcellos, ressalta que 2020 foi muito difícil para o setor. Para este ano, diz ele, as expectativas são de pelo menos recuperar a capacidade de produção de 2019.

“O ano de 2020 foi muito difícil, arrastado. Muitas empresas estavam e ainda estão em dificuldades. Alguns setores tiveram um desempenho um pouco melhor, como o de pijamas. O de lingerie também teve uma demanda maior, pelo fato de muitas pessoas que ficaram desempregadas procurarem comprar as peças para revender, como uma alternativa”, diz ele.

Um dos principais desafios vividos ao longo do ano passado, segundo Vasconcellos, foi justamente a incerteza em relação ao fechamento e à reabertura do comércio – o que afetou novamente o setor no começo deste ano.

Em Belo Horizonte, por exemplo, o prefeito Alexandre Kalil anunciou mais uma vez a abertura apenas dos serviços considerados essenciais.

“Temos de lidar com as incertezas de não saber quando o comércio vai abrir, quando vai fechar, quando vamos fazer lançamentos, já que trabalhamos com coleção. Não se consegue fazer uma programação”, destaca ele.

Além disso, também chegou a faltar matéria-prima durante um período, como fios de algodão, de acordo com Vasconcellos, situação que, diz ele, já foi devidamente normalizada.

No entanto, isso acabou gerando um aumento dos preços e não há perspectiva, avalia o presidente do Sindivest-MG, de que eles voltem ao normal. “Os preços subiram e não devem baixar mais”, destaca.

Nesse cenário, diz ele, alguns aumentos tiveram de ser repassados. Mas isso não foi tudo: muitas empresas também tiveram de diminuir a margem de lucro.

“Muitas empresas acabaram repassando os preços. Além disso, uma grande parcela de empresas reduziu a margem de lucro, pois não conseguiram repassar tudo em um momento de dificuldade”, destaca.

Demanda reprimida – Apesar de todas as dificuldades e de as incertezas em relação à reabertura e ao fechamento do comércio persistirem, Vasconcellos afirma que possivelmente as empresas conseguirão recuperar neste ano a capacidade de produção do período pré-pandemia da Covid-19. Ele destaca que atualmente existe toda uma demanda reprimida.

“Acredito que será possível recuperar a capacidade de produção de 2019. O consumo ficou retraído por muito tempo”, salienta ele.

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