Setor de higiene e limpeza retoma crescimento em 2023

Depois de queda de 5,7% na produção em 2022 frente ao exercício anterior, o setor de higiene e limpeza no País deve registrar expansão acima de 6% em 2023, conforme estimativa do diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional (Abipla), Paulo Engler.
“De janeiro a novembro de 2023, a produção teve alta de 5,9%. Devemos fechar o ano passado com o resultado um pouco acima de 6%, melhor do que a previsão feita para o Produto Interno Bruto, o PIB”, diz. O faturamento da atividade deve chegar a R$ 42 bilhões em 2023.
As projeções do mercado financeiro indicam que o PIB brasileiro deve encerrar 2023 com crescimento próximo a 3%, acima do esperado inicialmente.
De acordo com o executivo, o desempenho do ano passado está relacionado à melhora do cenário econômico, com queda no desemprego e aumento da renda do brasileiro.
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Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atesta o bom momento na geração de vagas de trabalho no País. A taxa de desemprego no Brasil caiu nos três meses encerrados em novembro de 2023 para 7,5%, marcando o patamar mais baixo para qualquer trimestre móvel desde o início de 2015, com novo recorde no número de pessoas ocupadas.
“Também contribuiu para o resultado de 2023 da atividade a estabilidade do custo de produção”, observa. E a previsão para 2024 é de crescimento, com estimativa inicial de crescimento de 3% na produção nacional, que tem como São Paulo o maior produtor e consumidor do País, com 910 fábricas. E a estimativa é de chegar a um faturamento de R$ 44 bilhões.
“A projeção para este ano tem grandes chances de ser alterada, estamos otimistas”, ressalta o executivo, que conta que o setor tem como foco o mercado interno.
“Exportamos muito pouco. O produto mais relevante em termos de venda para o mercado internacional é o inseticida doméstico, que tem como principais destinos o México, além da Colômbia, Estados Unidos e Argentina”, diz.
Mercado
O diretor executivo da Abipla destaca que Minas Gerais ocupa a segunda posição na produção nacional, com 770 fábricas. A atividade está presente nos 26 estados, além do Distrito Federal. As indústrias do setor podem ser encontradas em cerca de mil municípios brasileiros.
São 8.710 fábricas espalhadas pelo território nacional, a maioria de pequeno porte, com média de sete empregados em cada indústria no País. Em Minas Gerais, a média de vagas por fábrica chega a 10. “As grandes empresas do setor são minoria, em torno de 20”, diz.
Em torno de 92 mil pessoas trabalham diretamente na produção da indústria no Brasil. O executivo conta que, apesar das dificuldades enfrentadas em 2022, o setor não reduziu postos de trabalho e não tem tido dificuldades para encontrar mão de obra.
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