Setor mineral terá Conselho Nacional de Política com foco em terras raras

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta segunda-feira (22) que o governo federal vai criar um novo Conselho Nacional de Política Mineral, com foco nos minerais críticos, como as terras raras. O tema foi debatido durante a primeira edição do projeto Itatiaia Eloos, do qual o Diário do Comércio é parceiro, realizada na Mina das Águas Claras, em Nova Lima.

Segundo Silveira, o novo conselho funcionará nos moldes do Conselho Nacional de Política Energética. Ele será presidido pelo próprio ministro de Minas e Energia e composto por 16 ministros de Estado, além de representantes da sociedade civil organizada e da academia.
A primeira reunião está prevista para outubro e contará com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
“O mundo vive uma ampla discussão sobre a mudança da matriz energética e a descarbonização global. As ameaças das mudanças climáticas ao futuro do planeta deram novo protagonismo aos minerais, em especial aos estratégicos e críticos. A mineração corre nas veias do nosso estado. Trabalhamos intensamente em favor do setor mineral, valorizando a atividade na economia nacional, em especial em Minas Gerais”, disse Silveira.
Segundo ele, o novo colegiado definirá os rumos do setor e estabelecerá políticas públicas para uma mineração segura, legal, pujante e sustentável.
“No conselho, meu primeiro ato será propor a criação de um conselho estratégico para garantir a soberania e o fortalecimento das cadeias de minerais críticos e estratégicos. São medidas para assegurar a segurança energética e alimentar, por meio de alianças geopolíticas que fortaleçam os investimentos internacionais no País”, afirmou.
O ministro também pontuou que o Conselho Especial de Minerais Críticos e Estratégicos será responsável por orientar o desenvolvimento da cadeia do segmento, primando pela soberania e atendimento ao interesse nacional.
“A transição energética e a descarbonização colocaram o Brasil no centro das atenções internacionais, e uma janela de oportunidades se abre entre nós. Devemos nos orgulhar e aproveitar a oportunidade de ser o País da energia limpa e renovável, o que nos torna imbatíveis diante desse desafio global”, disse Silveira.
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