Setor de seguros em Minas projeta crescimento em 2024

O setor de seguros vem crescendo nos últimos anos e em 2024 não será diferente. De janeiro a setembro deste ano o setor registrou crescimento de 13,5% em comparação com o mesmo período do ano passado em Minas Gerais. No intervalo, foram arrecadados R$ 27,9 bilhões em diferentes segmentos, como automóveis, vida, viagem, educacional e residencial.
A projeção positiva para o fechamento do ano foi feita pelo economista e diretor do Sindicato das Empresas de Seguros Privados, de Resseguros e de Capitalização dos Estados de Minas Gerais (Sindseg), Gabriel Ivo. Sem especificar ou projetar um número, ele garante que o setor terá resultados positivos.
Citando os dados mais recentes da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), Ivo mostra que, com arrecadação maior, o setor consequentemente paga mais benefícios.
“Em Minas Gerais, foram 32,4% de aumento nas indenizações pagas se comparadas com ano passado. Foram R$ 7,6 bilhões de pagamentos no Estado em nove meses deste ano”, afirma.
Os fatores desse crescimento, Ivo atribui à maior conscientização das pessoas, ao advento da pandemia, aos eventos climáticos extremos e às campanhas de divulgação de produtos como as de seguros educacionais e residenciais.
Ele analisa que hoje as pessoas estão mais propensas a falar de planejamento financeiro, o que contribui para o crescimento do setor em todos os segmentos. Entretanto, pontua que o segmento que mais cresce é o de seguro de vida.
“A compra de seguro está muito ligada às questões emocionais. Então, quando acontece algum fato marcante que preocupa as pessoas, elas acabam comprando o seguro. E o seguro de vida está muito ligado a isso: às tragédias e aos eventos climáticos”, comenta.
De acordo com o diretor do Sindseg, desde 2018, o seguro de vida é o produto mais vendido do setor. “Mais até que de automóvel, mostrando que não foi a pandemia que fez as pessoas começarem a comprar mais seguro de vida. Obviamente aumentou, mas é uma tendência anterior”, ressalta.
Outro fator que ele atribui ao aumento da procura pela contratação do seguro de vida é a reforma da Previdência. Ele diz que o seguro previdenciário, de certa forma, está embutido nesse crescimento. “O governo não vai garantir mais uma aposentadoria futura com o mesmo valor que você ganha hoje. Um médico que ganha R$ 30 mil por mês não vai ganhar isso na aposentadoria. Então, ele precisa complementar e recorre às alternativas”, explica.
Futuro do setor de seguros é positivo
Quanto às expectativas para o futuro, o diretor do Sindseg afirma que a entidade possui previsão de crescimento contínuo nos próximos 20 anos em todos os segmentos. “A conscientização, as reformas políticas, a pandemia, os riscos climáticos, os fatores de um modo geral que preocupam as pessoas fazem aumentar as contratações”, afirma Ivo.
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