Setor de serviços está menos otimista no País

Rio – O cenário de inflação pressionada e juros elevados afetou as expectativas dos empresários do setor de serviços em junho, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 1,2 ponto na passagem de maio para junho, na série com ajuste sazonal, para 90,7 pontos. Na média móvel trimestral, o ICS apresentou queda de 0,7 ponto.
“O resultado de junho da Sondagem de Serviços reforça a tendência de queda da confiança durante o ano. A piora na situação atual dos negócios é heterogênea e mais intensa no setor de serviços profissionais. Mesmo com a manutenção de um mercado de trabalho aquecido em 2025, as empresas esperam redução da demanda no curto prazo, revelando pessimismo quanto às expectativas futuras do setor. O cenário macroeconômico, com ambiente de pressões nos preços e política monetária contracionista, não indica uma reversão de tendência nas expectativas das empresas, que esperam um segundo semestre de desaceleração da atividade”, avaliou o economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (FGV/Ibre), Stéfano Pacini, em nota oficial.
Em junho, o Índice de Situação Atual (ISA-S) caiu 1,5 ponto, para 92,7 pontos, o menor nível desde fevereiro de 2022. O Índice de Expectativas (IE-S) recuou 1,0 ponto, para 88,8 pontos.
Entre os componentes da situação atual, o item que mede a percepção sobre os negócios recuou 0,5 ponto, para 92,7 pontos, enquanto o que avalia o volume da demanda atual teve queda de 2,5 pontos, também para 92,7 pontos.
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Nas expectativas, a demanda prevista para os próximos três meses encolheu 2,7 pontos, para 88,1 pontos, enquanto o item que mede a tendência dos negócios nos próximos seis meses avançou 0,7 ponto, para 89,5 pontos.
Segundo a FGV, o primeiro semestre terminou com pessimismo por parte dos empresários tanto em relação ao futuro quanto ao presente dos negócios.
“Apesar de resultados pontuais positivos, o ambiente no setor de serviços é de pessimismo em 2025”, completou Pacini.
A coleta de dados para a edição de junho da Sondagem de Serviços foi realizada com 1.296 empresas, entre os dias 2 e 25 do mês.
Reportagem distribuída pela Estadão Conteúdo
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