Shoppings compram energia no mercado livre

A maioria dos shoppings no Brasil (92%) compra energia no mercado livre. De acordo com o Relatório de Sustentabilidade da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), essa taxa é ainda maior nas regiões Nordeste e Norte do País, com 97% e 94% dos estabelecimentos recorrendo ao mercado livre de energia, respectivamente.
As demais regiões brasileiras, apesar de estarem abaixo da média nacional, também apresentam desempenho significativo: Sul (91%), Sudeste (90%) e Centro-Oeste (85%).
O mercado livre de energia permite que a negociação seja feita diretamente com as geradoras ou comercializadoras de energia quanto a preço, volume e forma de pagamento. Além de proporcionar aos shoppings centers maior economia e também adequar o consumo às metas de sustentabilidade.
A edição 2023 do relatório da Abrasce pontua que a aquisição de energia no mercado livre não somente impacta positivamente nos custos operacionais, mas também confere uma maior independência na gestão energética. Essa escolha permite alinhar as operações com metas de sustentabilidade, contribuindo para um cenário mais eficiente e ecologicamente consciente.
O presidente da Abrasce, Glauco Humai, acredita na importância das empresas pensarem em como conciliar o desenvolvimento com a preservação do meio ambiente, seja através da gestão de resíduos, água ou energia elétrica. “Toda a sociedade ganha quando há mais eficiência no uso dos recursos naturais, que são finitos e devem ser objeto de políticas estratégicas e responsáveis”, afirma.
Ele ainda ressalta que 93% dos shoppings aproveitam luz natural, por meio de claraboias, janelões ou iluminação zenital (quando a incidência é da parte superior do projeto arquitetônico). Além disso, Humai destaca que 91% desses empreendimentos contam com mais da metade de seus espaços com iluminação LED. Isso garante maior eficiência energética e consumo até 85% inferior a lâmpadas fluorescentes, além de melhorar a qualidade da iluminação oferecida aos frequentadores.
O executivo da entidade também cita os principais benefícios de os malls adotarem as práticas ESG. Para ele, isso vai além da redução do consumo de recursos naturais, podendo implicar na melhoria da eficiência operacional, promoção da diversidade e inclusão, busca pela equidade e preocupação com as comunidades locais.
“São ações de longo prazo que vem transformando de forma contínua o setor em um agente ativo na construção de um futuro mais sustentável e consciente”, conclui.
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