Economia

Ainda sem recursos do BNDES, Sigma afirma que mantém cronograma de obras para expansão

Empresa afirmou que seguirá expansão de sua planta greentech dentro do ritmo esperado
Ainda sem recursos do BNDES, Sigma afirma que mantém cronograma de obras para expansão
A implantação da segunda linha de produção no complexo Grota do Cirilo seguirá dentro do ritmo planejado mesmo ainda sem o financiamento do BNDES | Foto: Divulgação Sigma Lithium

As obras para a instalação de uma segunda linha de produção da Sigma Lithium no seu complexo industrial Grota do Cirilo, nos municípios de Araçuaí e Itinga, no Vale do Jequitinhonha, ocorrem dentro do cronograma, disse a mineradora ao Diário do Comércio. A empresa afirmou que seguirá com a expansão de sua planta greentech dentro do ritmo planejado, mesmo que não tenha recebido ainda os recursos do financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Aprovado em agosto do ano passado, o financiamento de R$ 486,7 milhões do BNDES compõe grande parte dos investimentos de US$ 100 milhões (cerca de R$ 562 milhões na época da aprovação) para a instalação de uma segunda linha de produção. O aporte total em capex foi definido na época em R$ 492,4 milhões. O empréstimo terá juros de 7,45% ao ano, período de carência de um ano e meio e prazo de pagamento de 16 anos.

A assessoria de imprensa da Sigma afirmou que a companhia segue em negociação com bancos internacionais em busca das melhores condições para ter um fiador, necessário para o recebimento dos recursos do BNDES. A mineradora tem até abril do ano que vem para apresentar uma carta fiança de uma instituição financeira ao banco de desenvolvimento.

A Sigma ressaltou ainda que está em estágio avançado de discussões com bancos internacionais e clientes globais para estruturação da operação, mas que está cautelosa perante a volatilidade do preço do lítio e deverá aguardar mais um trimestre para buscar condições de mercado mais favoráveis à conclusão dessas operações. Além disso, neste momento, a mineradora não está em tratativas com bancos nacionais.

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A companhia mantém a projeção de aumentar sua capacidade produtiva de 270 mil toneladas por ano (t/a) para 520 mil t/a em 2026. A Sigma reiterou que continuará com investimentos para expansão, independente da cotação do lítio no mercado, como havia dito ao jornal a CEO da companhia, Ana Cabral-Gardner, em abril deste ano.

No primeiro semestre deste ano, a receita bruta de vendas da Sigma Lithium caiu 29% em relação ao mesmo período do ano passado, o que resultou em um total de US$ 68,8 milhões. De acordo com a informação divulgada pela mineradora de lítio em balanço divulgado ao mercado, a queda foi motivada por uma baixa significativa nos preços de mercado do produto durante o período.

Além da receita, o volume de vendas da companhia também diminuiu na primeira metade deste ano. A Sigma comercializou 101,9 mil toneladas de concentrado de óxido de lítio no período, o que representa uma redução de 3% na comparação ano a ano.

Por outro lado, a produção da Sigma aumentou nos primeiros seis meses deste ano. A mineradora processou, em sua única planta industrial que opera no momento, 136,7 mil toneladas de concentrado de lítio, um crescimento de quase 33% na comparação ano a ano.

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