Economia

Sigma inicia a produção e o beneficiamento de lítio verde no Vale do Jequitinhonha

A primeira remessa, estimada em 15 mil toneladas de lítio verde, é esperada para o mês que vem
Sigma inicia a produção e o beneficiamento de lítio verde no Vale do Jequitinhonha
A primeira remessa da Sigma, estimada em 15 mil toneladas de lítio verde, é esperada para o próximo mês | Crédito: Mara Bianchetti

A Sigma Lithium deu início nessa segunda-feira (17) à produção e beneficiamento de concentrado de lítio grau bateria de alta pureza no Vale do Jequitinhonha.

O início das atividades do complexo Grota do Cirilo, que fica entre os municípios de Itinga e Araçuaí, marca a conclusão da primeira fase do empreendimento e a transição da empresa de desenvolvedora para produtora.

A primeira remessa, estimada em 15 mil toneladas de lítio verde, é esperada para o mês que vem.

O start da planta atingiu 60% da capacidade nominal de produção, estabelecida em cerca de 270 mil toneladas ao ano nesta primeira etapa, que recebeu investimentos da ordem de R$ 1 bilhão.

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Ainda estão previstas outras duas fases que, juntas, somarão outros R$ 2 bilhões e permitirão o alcance de 766 mil toneladas anuais em meados do ano que vem.

A partir de agora, a empresa voltará sua atenção para o ramp-up de capacidade e espera atingir o limite em julho de 2023.

“A Sigma Lithium foi criada há quase uma década e pretendia provar que a extração de lítio poderia ser feita em uma forma ambiental e socialmente responsável. Atingir esse marco de desenvolvedor a produtor é uma conquista incrível e uma prova dos muitos anos de trabalho árduo de toda a equipe Sigma, e estamos emocionados para entregar dentro do cronograma para nossos apoiadores e parceiros”, comemorou a CEO da companhia, Ana Cabral.

Ainda conforme a executiva, a expectativa é contribuir para “o enorme potencial do Brasil para ser um líder na transição energética como um importante fornecedor de matérias-primas materiais que podem ser extraídos e processados de forma sustentável para o nosso meio ambiente e nossas comunidades”.

Conforme publicado, a empresa estima produzir até dezembro, aproximadamente 100 mil toneladas e a previsão é que o faturamento chegue próximo a R$ 3 bilhões ainda em 2023. Descontando os custos, o lucro líquido seria da ordem de R$ 2 bilhões, o que, permitiria já recuperar parte do investimento realizado, já que há ainda uma inflexão do mercado.

Esta promete ser a primeira planta industrial greentech do setor mineral do mundo. Entre os atributos que permitem essa classificação, equipamentos e tecnologia de última geração somados a ações sustentáveis do ponto de vista econômico, social e ambiental.

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