Economia

Sigma Lithium produz lítio verde no Vale do Jequitinhonha com mão de obra local

A Sigma conseguiu adequar a produção de lítio a um processo com baixa emissão de carbono e impacto ambiental reduzido
Sigma Lithium produz lítio verde no Vale do Jequitinhonha com mão de obra local
Crédito: Divulgação Sigma Lithium

Com uma tecnologia que dispensa o uso de barragens, reduz o uso de água, reaproveita a água do esgoto e não utiliza químicos nocivos ao meio ambiente, a mineradora Sigma Lithium está produzindo, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, um lítio de maior valor agregado. A solução segue em consonância com o momento que pede, não só das mineradoras, mas da sociedade de um modo geral, mais responsabilidade com o meio ambiente.

O tema foi discutido e apresentado na 4ª edição do Women Entrepreneur Forum (WeForum), encontro de negócios de mulheres empreendedoras dos países do Brics, realizado em Belo Horizonte, que se encerra nesta quinta-feira (27) com programação extensa.

Como palestrante no painel “Infraestrutura e Mobilidade”, a CEO da Sigma Lithium, Ana Cabral, defendeu que enquanto mulher e detentora do espírito colaborativo tem conseguido, mesmo no universo conservador da mineração, combinar tecnologia e inovação com o processo produtivo na empresa.

Ela explicou que, para transformar o lítio bruto em um produto com alto grau de pureza, insumo essencial para a indústria de baterias elétricas, a Sigma conseguiu se adequar a um processo de produção com baixa emissão de carbono e impacto ambiental reduzido.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


“Usamos na nossa indústria 35 metros cúbicos (m³) de água, enquanto um bananal usa 400 m³ em sua produção. Isso é 15 vezes menos água. Nós desconstruímos essa falácia mundial de que lítio utiliza muita água. Pode ser no resto no mundo, mas não no Brasil. Aqui, nós fazemos o reuso da água e uma água que não serviria nem para uso industrial que é a água de esgoto”, afirmou.

Foto: PlayP

Ana Cabral detalhou que, com a tecnologia utilizada, eles transformam a água de esgoto do Rio Jequitinhonha e do Rio Araçuaí, “que são verdadeiros esgotos a céu aberto, com resíduo sólido fecal”  em água para uso industrial. “Não transformamos em água potável, mas usamos na indústria, que por sinal é a indústria de insumos de material de lítio mais sustentável do mundo, o que chamamos de greentech”, ressaltou.

Além disso, a gestora explicou que a empresa recicla o rejeito da mineração que é empilhado a seco, sem uso de ácido químico. “O cascalho grosso de lixo, o rejeito vai basicamente para dois lugares: vira pavimento, cobertura de estrada rural e é reutilizado na para fazer mais lítio”. 

“Temos a energia limpa, porque usamos a energia elétrica gerada pelas usinas hidrelétricas, somos carbono zero e temos um projeto industrial limpo que atrai visitantes do mundo inteiro. E tudo isso no Vale do Jequitinhonha, algo que nos dá muito orgulho”, finalizou.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas