Economia

Sindipetro denuncia que trabalhadores estão em jornada de 60h

Petroleiros estão em greve desde o início da semana após rejeitarem um acordo coletivo de trabalho (ACT)
Sindipetro denuncia que trabalhadores estão em jornada de 60h

O Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais (Sindipetro/MG) acusa a Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), de manter trabalhadores em mais de 60 horas de serviço dentro da empresa. Os petroleiros estão em greve desde o início da semana após rejeitarem um acordo coletivo de trabalho (ACT), mas alguns serviços e atividades essenciais seguem sendo realizados.

O sindicato afirma que a empresa se nega a liberar pessoas que apresentam quadro de exaustão e disse que irá encaminhar denúncias aos órgãos responsáveis pela fiscalização. O Diário do Comércio pediu um posicionamento da Petrobras e aguarda manifestação.

A Petrobras negou que os trabalhadores estejam sendo coagidos a seguirem em suas funções e que “o fazem por decisão própria, por não terem aderido ao movimento grevista”. A empresa pontua também que os que decidiram pela paralisação podem deixar o local de trabalho.

A categoria realizou na quarta-feira (16) assembleias para discutir sobre a proposta de acordo feita pela Regap. Os grevistas rejeitaram a proposta de forma unânime.

Entre as demandas da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que representa a categoria em todo Brasil, estão o fim dos Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs), que realizam descontos extras nos salários de trabalhadores, aposentados e pensionistas para cobrir déficits no fundo de previdência; melhorias no pleno de cargos e salários e fortalecimento da estatal, evitando a precarização do trabalho.

Leia a nota da Petrobras na íntegra:

A Petrobras repudia veementemente as alegações de prática de restrição à liberdade de locomoção de seus empregados. Os empregados que permanecem em suas funções o fazem por decisão própria, por não terem aderido ao movimento grevista.

Os trabalhadores que atuam em unidades terrestres e optam por aderir à paralisação podem deixar o local de trabalho, sendo substituídos por equipes de contingência. No caso dos trabalhadores em plataformas offshore (no mar), a companhia esclarece que providencia o desembarque dos grevistas assim que possível. No entanto, em situações excepcionais, como condições meteorológicas adversas, entre outros fatores, o desembarque célere pode não ser possível. Nesses casos, a Petrobras adota todas as providências necessárias para garantir, assim que as condições permitam, que o desembarque das equipes ocorra da maneira mais segura e célere possível.

A companhia reforça que cumpre rigorosamente as legislações que disciplinam tanto o direito de greve quanto a atuação operacional.

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