Superávit de empregos cai 40% em agosto no Estado

O saldo de empregos formais em Minas Gerais permaneceu positivo em agosto. No oitavo mês de 2022 foi registrado superávit de 27,3 mil vagas de trabalho, sendo o sétimo resultado positivo consecutivo, após o déficit de 1,2 mil empregos apurado em janeiro. Com o resultado, o Estado já acumula 187,2 mil vagas neste ano. Entretanto, os números do mercado de trabalho em Minas seguem em baixa na comparação com o exercício anterior.
O destaque na geração de vagas no Estado durante o mês mais uma vez ficou com o setor de serviços. A atividade somou 17,3 mil postos de trabalho. Na outra ponta, a agropecuária teve saldo negativo de 3,7 mil empregos. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do do Trabalho e Previdência.
Ao todo foram contratados 225.943 profissionais e demitidos 198.562 no Estado no oitavo mês deste exercício. Isso fez com que Minas Gerais apresentasse o terceiro maior saldo no País, que somou 278,6 mil postos de trabalho no mês passado. À frente esteve São Paulo e Rio de Janeiro, com resultados de 74,9 mil e 30,8 mil vagas de empregos, respectivamente.
Dessa forma, Minas acumula saldo de 187,2 mil empregos em 2022. Já são 1,7 milhão de contratações e 1,5 milhão de desligamentos. O resultado coloca o Estado em segundo lugar entre os estados com maior geração de empregos, ficando atrás apenas de São Paulo.
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Os números alcançados por Minas Gerais em agosto mostram elevação em relação a julho, quando foram criadas 18,8 mil vagas. Isso significa aumento de 45%. Já frente ao mesmo período do ano passado, houve queda de cerca de 40%. Em agosto de 2021 o saldo de empregos no Estado chegou a 45,3 mil.
O saldo também diminuiu no acumulado do ano. Enquanto de janeiro a agosto deste ano os postos somam 187,2 mil, na mesma época de 2021 chegavam a 309,8 mil. O recuo neste caso também foi quase 40%.
Serviços puxa geração de empregos
Segundo o economista e gerente-geral do Ibmec-BH, Márcio Salvato, a geração de emprego formal vem sendo impulsionada em Minas Gerais e no Brasil principalmente pela recuperação do setor de serviços. A atividade foi a que mais sofreu com a pandemia e agora tem surfado na onda do aumento de uma demanda que ficou reprimida.
“Agora temos percebido uma recuperação do setor seguida de criação de emprego. Não necessariamente são as mesmas empresas, pois muitas quebraram, mas há uma recriação de negócios e postos de trabalho, o que é muito importante para a economia”, avalia.
Para os próximos meses, Salvato acredita que deverá ser mantida a curva de crescimento. Entre os fatores que devem favorecer o cenário está o tradicional aquecimento da economia e do mercado de trabalho no segundo semestre. Além dos serviços, comércio e indústria também deverão manter a ascensão.
Por outro lado, o especialista lembra que ano de eleição é sempre uma incógnita e que dezembro é geralmente o período de tomadas de decisões, entre elas, investimentos e geração de empregos. Nesta época, o pleito eleitoral já estará decidido influenciará nas ações.
“Eleições sempre geram uma reconstrução de expectativas. Os empresários aguardam para tomar suas decisões a partir do cenário que se desenha para o próximo exercício. Quem vai ser eleito e quais serão os esforços e recursos para o setor produtivo são parte fundamental deste processo”, diz.
Demais setores
Conforme o Caged, em agosto, a atividade de serviços foi responsável pela geração de 17.356 mil empregos no Estado. Em seguida veio: indústria (5.462), construção (4.790), comércio (3.510) e agropecuária (-3.737).
No mês do ano passado, os resultados foram: serviços (22.639), indústria (9.635), comércio (8.429), construção (5.316) e agropecuária (-679).
Já no acumulado de janeiro a agosto de 2022, serviços já soma saldo de 102.452. Além disso, a indústria tem 35.401, a construção 23.063, a agropecuária 19.692 e o comércio 6.604.
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