Economia

Supermercados mineiros devem vender mais no Natal deste ano

Com o incremento no volume de negócios, empresas estimam contratar 7,4 mil pessoas para atender à demanda
Supermercados mineiros devem vender mais no Natal deste ano
Vendas dos supermercados mineiros acumulam alta de 2,98% entre janeiro e outubro, ante igual intervalo do ano passado | Crédito: Alessandro Carvalho

As festividades típicas do fim do ano devem ajudar os supermercados mineiros a vender mais em dezembro. A perspectiva, segundo sondagem feita pela Associação Mineira de Supermercados (Amis), é de crescimento do consumo de 6,7% sobre o período do Natal do ano passado.

De acordo com o levantamento, cerca de 7,4 mil colaboradores estão sendo contratados de forma temporária para esse atendimento, boa parte já está trabalhando nos supermercados espalhados pelo Estado. “O Natal é a melhor data do ano, não só para os supermercados, mas para todo o varejo. É um período, sem dúvida, em que há mais estímulo ao consumo pelas festividades em si, além do recebimento do 13º salário”, diz o presidente executivo da entidade, Antônio Claret Nametala.

Ele explica que o calendário também vai contribuir para o resultado positivo para os supermercados, já que o Natal será na segunda-feira, prolongando o final de semana. “Além disso, neste ano não temos nenhum fator previsto que possa trazer impactos negativos”, observa.

Outubro

Ontem, a Amis divulgou o Índice de Consumo dos Lares Mineiros de outubro, que registrou alta de 2,98% frente ao mesmo mês de 2022. O índice monitora o comportamento da demanda nos supermercados em todo o Estado e está deflacionado pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Na comparação de outubro, mês de referência da pesquisa, com setembro deste ano, a elevação foi de 0,25%. E no acumulado dos dez primeiros meses do ano, a alta foi de 2,87%, que já supera a previsão feita pela Amis no início do exercício de alta de 2,85% para o ano de 2023.

“Quando fizemos as projeções em janeiro, tínhamos um cenário muito imprevisível, com nova equipe econômica, propostas de reformas ainda indefinidas. Logo, era um ambiente que exigia muita cautela nas previsões”, analisa Nametala.

Para ele, quando forem apurados os resultados de novembro e dezembro deste ano, mantendo a trajetória do consumo como verificado até outubro, o crescimento de 2023 deve ficar próximo de 3%.

O dirigente diz que vários fatores ajudaram no desempenho dos supermercados neste ano, entre eles, o crescimento do emprego no Estado. Ele destaca que a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do terceiro trimestre, do IBGE, por exemplo, mostra uma taxa de desocupação em Minas Gerais de 6%, enquanto a média nacional ficou em 7,7%.

Além disso, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), no acumulado do ano até outubro, Minas Gerais se destaca no País no saldo de emprego formal, com 187.485 novos postos, o segundo maior, perdendo apenas para São Paulo (502.193).

“Além do crescimento do emprego, a acomodação dos preços e a redução da taxa Selic são outros fatores que estão colaborando para o desempenho do setor”, diz.

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