Economia

Supermercados têm estabilidade de vendas em Minas Gerais

Supermercados têm estabilidade de vendas em Minas Gerais
Mesmo com desempenho ainda aquém do esperado, setor afirmou que projeção de crescimento das vendas para 2019 será mantida - CRÉDITO:ALISSON J. SILVA/Arquivo DC

Os resultados dos supermercados mineiros em maio, no comparativo com abril, registraram uma ligeira alta de 0,14%, tendendo à estabilidade. Já na relação maio 19/maio 18, houve incremento de 1,01%. Os dados constam do Termômetro de Vendas divulgado ontem pela Associação Mineira de Supermercados (Amis).

Superintendente da entidade, Antônio Claret Nametala informa que eram esperados resultados melhores, mas os números acompanharam o ambiente econômico desfavorável. Além disso, bases comparativas fortes interferiram nos dados.

Claret ressalta que, na comparação de maio com abril, a influência veio da Páscoa. Este ano, a data festiva, considerada uma das mais importantes para o setor supermercadista, foi comemorada no mês de abril. Já na relação de maio com igual mês do ano passado, a interferência foi a greve dos caminhoneiros. Com a paralisação, houve uma corrida aos supermercados, com a população temendo o desabastecimento. Dessa forma, em maio de 2018, foi registrada uma alta de 5,4% nas vendas.

No acumulado dos cinco primeiros meses de 2019, o setor supermercadista mineiro registrou alta de 1,8% em relação a igual período do ano anterior. Nesse mesmo intervalo, em 2018, a alta estava em 2,63%, também com a interferência da greve dos caminhoneiros, que elevou as vendas dos supermercados.

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Antônio Claret informou que os resultados de 2019 estão um pouco abaixo do esperado, mas está mantida a projeção do ano, que é de crescimento de 4%.

“Esse resultado não nos leva a rever a projeção de aumento de 4%, pois esperamos um segundo semestre melhor”, considera.

Ele pontua, no entanto, que, com a demora das reformas estruturais, principalmente a da Previdência, os números podem ser revisados para baixo.

Segundo ele, o setor vem sentindo os efeitos da lenta recuperação da economia e da baixa geração de empregos.

“O retardamento da aprovação da reforma da Previdência nos leva a esse sentimento. Esperávamos estar com a economia mais acelerada”, diz.

Frente a pouca demanda, o setor vem reduzindo as margens. Por fim, ele pontua que a alta concorrência própria do segmento está cada vez mais acentuada.

Regiões – Entre as regiões de Minas analisadas pela Amis, o melhor desempenho na comparação de maio com abril veio da Central, que teve alta de 0,72% nas vendas. Em seguida, estão Rio Doce/Jequitinhonha/Mucuri (+0,38%), Sul (+0,20%) e Norte (+0,17%). Registraram queda a Zona da Mata (-0,78%), Triângulo (-0,50%) e Centro-Oeste (-0,17%).

Segundo Claret, não é esperado que regiões como Zona da Mata e Triângulo ocupem as últimas posições do termômetro. O resultado pode estar ligado à base comparativa forte e também ao lento ritmo da economia. Para o próximo mês, é aguardado melhora dos resultados, principalmente no Triângulo/Alto Paranaíba, com os efeitos sazonais da colheita de café, atividade que gera emprego e renda.

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