Superminas deve gerar negócios de R$ 2,5 bilhões

Belo Horizonte volta a ser palco da maior exposição supermercadista do País. O Congresso e Feira Supermercadista e da Panificação (Superminas), que ficou suspenso nos últimos dois anos por conta da pandemia, deve movimentar, entre 18 e 20 de outubro, negócios em torno de R$ 2,5 bilhões, aumento de 12,82% se comparado com a última edição em 2019, quando foi a R$ 1,95 bilhão.
Confirmado para acontecer no Expominas, situado no bairro Gameleira, região Oeste da Capital, o evento pretende reunir um volume superior a 500 expositores de todo o País distribuídos pelos pavilhões do centro de exposições. No ano de 2019, a Superminas registrou a presença de 517 expositores, além de receber um público de 55 mil pessoas.
Já faz bastante tempo que a Superminas se tornou um evento tradicional do setor brasileiro de supermercados. Já foram realizadas 34 edições. O grande diferencial do congresso e da feira é permitir um ambiente de negócios para impulsionar o varejo, assim como a indústria, com a presença de proprietários de empresas do setor, compradores, gerentes e colaboradores do segmento supermercadista de todas as regiões mineiras, do Brasil e de vários países.
Uma das novidades deste ano será a destinação de um espaço totalmente exclusivo para a exposição e comercialização de bebidas. Outro ambiente contará com a presença de empresas da cadeia produtiva de itens orgânicos. O segmento, até o ano de 2021, está presente em cerca de 42% dos estabelecimentos supermercadistas em vários estados, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). A venda de alimentos naturais tem se tornado uma nova alternativa de filosofia de vida, com práticas que têm mudado o comportamento do consumidor mineiro e nacional.
Pequenos negócios
Em uma área de exposição reservada para as pequenas empresas, serão apresentadas as novidades de produtos exclusivos que fomentam o desenvolvimento econômico do setor, principalmente nas pequenas cidades e distritos do Estado. A área contará como parceiro o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração Regional de Minas Gerais (Senar Minas). Essa parceria vai possibilitar ainda a oportunidade de que estes pequenos empreendedores possam se relacionar com o mercado, ao lado de grandes marcas, para fecharem novos negócios com empresas supermercadistas de todos os portes.
Pandemia
De acordo com a Associação Mineira de Supermercados (Amis), uma das entidades que idealizam e fomentam o evento varejista, a expectativa é de superar a edição de 2019, devido ao crescimento registrado pelo setor no Estado. Somente em 2020, primeiro ano marcado pela pandemia, o setor abocanhou uma receita de R$ 41,39 bilhões em vendas no Estado, registrando um superávit de 10,97% quando comparado com o ano de 2019.
Em números do fechamento de 2021, os supermercados mineiros inauguraram 10,6 mil lojas, que geram diretamente 358,7 mil postos de trabalho. Já o faturamento avançou para R$ 63,39 bilhões, o que representou 7,8% do Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais no ano passado.
Os números, tanto de 2020 quanto de 2021, só refletem tamanha força do segmento em Minas Gerais durante a pandemia. Dentro de um parâmetro nacional, o Estado tem seis redes entre as 25 maiores do País. A participação de Minas Gerais no faturamento nacional foi de 11,9% e no número de lojas, de 11,8%, também com dados de 2021.
Atualização
Durante os três dias, serão apresentadas mais de 70 atividades de qualificação profissional, como palestras, fóruns, visitas técnicas e painéis. Essas atrações atendem às demandas de conhecimento dos mais diversos profissionais da empresa, desde marketing, RH, vendas, operação de loja, novas tecnologias, novas mídias; passando também por análises do cenário econômico brasileiro e mundial, com grandes especialistas. Dentre os nomes já confirmados estão o sócio e diretor institucional da XP Investimentos, Rafael Furlanetti, o presidente da Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe), Carlos Eduardo Santos, e o presidente do conselho da Cemig, Mário Utsch.
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