Superminas deve gerar R$ 3 bilhões em negócios neste ano, valor superior ao de 2024

A Superminas Food Show, considerado o segundo maior evento do setor supermercadista do Brasil e o maior evento empresarial de Minas Gerais, deve gerar R$ 3 bilhões em negócios neste ano. O valor supera o alcançado em 2024, de R$ 2,75 bilhões. A projeção é da Associação Mineira de Supermercados (Amis), responsável pelo encontro.
A 37ª edição da feira, que terá cerca de 600 expositores e mais de 70 atrações, como palestras, começa na próxima terça-feira (21) e vai até quinta-feira (23), no Expominas, em Belo Horizonte. São esperados mais de 61.500 participantes ao longo dos três dias.
Em 2025, a Superminas comemora quatro décadas de história. Desde 1985, o evento é realizado, com exceção de três anos, dois deles impactados pela pandemia. Com grandes expectativas para o encontro, o presidente-executivo da Amis, Antônio Claret Nametala, espera casa cheia e que os números traçados pela entidade sejam atingidos.
Ele destaca que as empresas aproveitam para apresentar novos produtos e fazer promoções para os clientes, visando à geração de negócios. Na feira, há, por exemplo, o espaço Vem de Minas, que abriga, predominantemente, empresas mineiras de pequeno porte, e o Circuito Mineiro de Oportunidades e Negócios, que promove o acesso de empreendedores a mercados ao aproximar e inserir pequenos negócios como agricultura familiar, associações, cooperativas e pequenas indústrias ao varejo em geral.
Perspectivas e desafios do setor supermercadista
De acordo com Claret, durante a Superminas, lideranças da associação mineira e da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) também se reúnem para debater sobre o momento do setor supermercadista, as perspectivas e os desafios.
Em Minas Gerais, os supermercados prevêem fechar o ano com um avanço de 3,3% no faturamento deflacionado. “O crescimento até agosto é de 2,98%, um indicativo de que a gente deve atingir o resultado esperado ou até mesmo superar”, salienta.
O setor supermercadista, conforme dados do ano passado, opera mais de 47,6 mil lojas no Estado. Neste ano, a estimativa é que 80 lojas sejam abertas, gerando 8.400 empregos, com um investimento de cerca de R$ 1,26 bilhão, segundo o presidente-executivo da Amis. “Até agosto, foram inauguradas 45 lojas, mas esse número acelera nos últimos meses do ano e a gente deve alcançar o total previsto com certeza”, enfatiza.
Entre os desafios dos supermercados, o principal segue sendo a escassez de mão de obra, um problema que não é exclusivo da atividade, ressalta Claret. Outra dificuldade trata-se da concorrência com as casas de apostas on-line, as famosas bets, que tiraram dinheiro do consumo nos empreendimentos, afirma o executivo, e precisa ser solucionada.
Interiorização de grandes redes, preferência por lojas físicas e comportamento de consumo
Das 30 maiores redes de supermercados do Brasil, seis são mineiras. A maior parte delas está presente não apenas na Capital e região metropolitana, como em cidades do interior do Estado. Claret pondera, no entanto, que em Minas Gerais também existem fortes marcas regionais e diversas lojas independentes. Ele afirma que há espaço para todos.
Embora as lojas digitais sejam uma realidade em diversos setores, estudos indicam que os consumidores brasileiros ainda preferem fazer compras em lojas físicas. O presidente-executivo da Amis, diz que é preciso disponibilizar alternativas para os clientes e que diversas empresas já fazem isso, porém, a preferência por lojas físicas tanto em Minas quanto no Brasil é notória e não tende a mudar tão cedo.
Outro ponto que impacta os supermercados é o hábito de consumo. Em uma pesquisa realizada pela Neogrid, 82% dos entrevistados responderam que trocam marcas favoritas por opções mais baratas nos estabelecimentos para economizar. Segundo Claret, esse movimento não surgiu agora. De acordo com ele, a maioria dos consumidores aproveita as opções que os próprios supermercados oferecem como alternativas aos itens mais caros.
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