Economia

Supernosso vai investir na expansão do Apoio Mineiro

Grupo fará aportes de mais de R$ 100 milhões para abrir 4 lojas até o início de 2023
Supernosso vai investir na expansão do Apoio Mineiro
A meta inicial de crescimento do Apoio Mineiro em 2022 é de 16%, podendo superar os 20% | Crédito: Divulgação

Com expectativa de manter o crescimento anual do faturamento em dois dígitos e atender com competitividade os comerciantes e o consumidor final, o Apoio Mineiro, do Grupo Supernosso, está investindo na expansão da rede. Após inaugurar a primeira unidade no interior do Estado, em Curvelo, onde foram aportados cerca de R$ 30 milhões, estão nos planos inaugurar mais quatro unidades entre o segundo semestre de 2022 e início de 2023. O aporte supera R$ 100 milhões. Serão duas inaugurações em Betim, uma em Vespasiano e uma em Belo Horizonte. Na Capital, em agosto, também haverá a reinauguração da loja do bairro Tropical.

A unidade de Curvelo, na região Central de Minas, é a primeira loja do Apoio Mineiro no interior do Estado. O vice-presidente do Grupo Supernosso, Rodolfo Nejm, explica que na unidade foram cerca de R$ 30 milhões em investimentos. Somente no Apoio de Curvelo, foram gerados 150 empregos diretos.

“Curvelo é uma relevante cidade para o Estado e tem vários outros municípios importantes no entorno. Nosso propósito, do Grupo Supernosso e do Apoio, é facilitar o abastecimento de lares e negócios. Nossa expectativa é surpreender o consumidor com qualidade, variedade e competitividade. Levamos para a região de Curvelo e para as cidades satélites dali um preço de atacarejo que é muito competitivo e importante pelo cenário econômico atual. Queremos contribuir com os comerciantes, ser uma opção”.

As expectativas são muito positivas com a unidade de Curvelo, e a loja servirá de modelo para uma futura expansão para o interior já em 2023.

“A loja de Curvelo é a primeira de fato no interior. Somos o maior atacarejo da região de Belo Horizonte e a loja mais distante era em Sete Lagoas (cidade a 40 minutos de BH, que faz parte do colar metropolitano). Agora, com Curvelo, começamos a atender a uma distância maior. Por isso, a expectativa é muito grande. Temos certeza do sucesso. Está no nosso planejamento, para o ano que vem, a abertura de mais lojas no interior”.

Nejm explica ainda que a loja é ampla e com muita variedade de produtos, com categorias importantes como padaria, vinhos, açougue além do abastecimento básico.

Plano

O plano de expansão da rede é robusto. Entre o segundo semestre de 2022 e início de 2023 serão inauguradas mais quatro unidades do Apoio Mineiro, todas na RMBH. Há ainda uma unidade que está sendo totalmente reformada em Belo Horizonte e que será inaugurada em agosto. “Cada loja tem um investimento médio de R$ 25 milhões a R$ 30 milhões e geram cerca de 200 empregos diretos”, disse.

Em relação aos resultados, as expectativas são positivas. O planejamento é crescer 16% em 2022. Com o cenário econômico instável e inflação elevada, o Apoio, para manter os preços competitivos, o que é importante para atrair os clientes, tem investido nas negociações junto a parceiros e fornecedores.

“O Apoio vem crescendo dois dígitos ao ano. Nos primeiros meses de 2022, conseguimos manter esta expansão, mesmo com todas as dificuldades do cenário econômico e inflação elevada. Nossa meta é crescer 16% em 2022 e, com as novas lojas, superar 20%. O segmento também é favorecido tanto pelo comerciante como pelo consumidor final, que, pelo cenário, buscam produtos competitivos e o Apoio oferece isso”.

O Apoio Mineiro faz parte do Grupo Supernosso, que conta com 40 lojas do Supernosso, 18 unidades do Apoio Mineiro e mais 13 lojas do Momento Supernosso. Com 81 anos de atuação, faturamento de R$ 2,9 bilhões e 10 mil colaboradores, o Grupo Supernosso, para este ano, tem expectativa de faturar R$ 3,40 bilhões. E, até 2030, o grupo planeja triplicar o tamanho da empresa, com expansão de lojas para o interior de MG e outros estados.

Carrefour estima R$ 2,1 bi para converter lojas

São Paulo – O Carrefour Brasil espera investimentos e gastos de R$ 2,1 bilhões para a conversão de cerca de um terço das lojas adquiridas do Grupo Big. A informação foi divulgada no final de semana e detalhada ontem por executivos da companhia. A aquisição do Big pelo Carrefour Brasil cria um gigante de R$ 104 bilhões em vendas brutas, com base nos números de 2021, e foi concluída no início de junho.

Das 374 lojas do Big adquiridas, número que já exclui aquelas que serão vendidas por determinação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), 122 serão convertidas em outras bandeiras ou formatos – o Carrefour fala em 124 conversões, já que duas lojas Big a serem transformadas em Sam’s Club vão virar hipermercado e clube.

O Carrefour Brasil vai transformar 38 pontos do Maxxi Atacado, 4 Todo Dia e 28 hipermercados Big em Atacadão, a maior bandeira de atacarejo do País. Além disso, mais 47 lojas do Big vão virar hipermercados Carrefour e outras sete serão convertidas em Sam’s Club.

O Carrefour Brasil fará uma análise anual de suas lojas para avaliar necessidade de novas conversões no futuro, disse o presidente do grupo, Stéphane Maquaire, em conferência com analistas. Os supermercados adquiridos do Big, como as marcas Nacional e Bompreço, inicialmente não sofrerão conversões.

As conversões devem ser concluídas até o final do ano que vem, sendo que em 89 delas – as que são apenas de bandeiras, e não de formato, como de Maxxi para Atacadão, por exemplo – as lojas ficarão fechadas por apenas três dias. As 35 transformações restantes necessitarão de fechamento dos pontos por dois meses.

A expectativa é que as transformações gerem ganhos de margem ao Carrefour Brasil. O Maxxi Atacado tem margem de 4% a 6%, abaixo da registrada pelo Atacadão, que tem de 7% a 8%. Já os hipermercados Big têm margem de 4% a 6%, menor quando comparada ao Atacadão, ao hipermercado Carrefour (6% a 7%) e ao Sam’s Club (10% a 11%).

Os números, segundo o diretor financeiro do Carrefour Brasil, David Murciano, são “margens em nível de loja” já vistas atualmente e não consideram custos das unidades de negócios como um todo.

Os executivos explicaram que a escolha das conversões levou em conta fatores como geografia e poder de compra em cada localidade.

Maquaire disse que parte dos hipermercados Big já vinha sendo transformado em atacarejo pelos antigos controladores do Big, por isso o número de conversão de Big a hipermercados Carrefour é maior do que para Atacadão (47 a 28), embora ele destaque a importância do formato de maior abrangência. “Nós achamos muito relevante ter hipermercados”, afirmou, observando, por exemplo, o papel dessas lojas em termos de distribuição para o comércio eletrônico.

Ganhos

O Carrefour manteve a expectativa de ganhos de cerca de R$ 2 bilhões em lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) por ano até 2025 com a aquisição do Big. Além dos gastos e investimentos para conversão, a companhia divulgou impacto negativo de R$ 300 milhões no Ebitda por conta de despesas extraordinárias entre 2022 e 2023.

Sobre as operações financeiras, “é natural” que o Carrefour Brasil converse com o Itaú Unibanco sobre o Hipercard, afirmou Murciano, quando questionado sobre a possibilidade de incorporação da financeira ao Banco Carrefour. O Hipercard pertence ao Itaú Unibanco, que também detém fatia no Banco Carrefour.

Apesar do foco do Carrefour Brasil seguir na integração do Big, esperada para durar 18 meses, o grupo segue avaliando possibilidades de fusões e aquisições, disseram os executivos. (Reuters)

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