Economia

Tanqueiros desistem de paralisação

Tanqueiros desistem de paralisação
Crédito: Alisson J. Silva/ARQUIVO DC

No mesmo dia em que os governadores decidiram manter o congelamento da base de cálculo do ICMS sobre os combustíveis, os tanqueiros decidiram não realizar uma paralisação nacional da categoria. O valor do imposto estava congelado desde novembro do ano passado por um prazo de 90 dias, que venceria no dia 31 de janeiro – e foi prorrogado por mais dois meses. 

Os transportadores de combustíveis reunidos no Sindicato dos Transportadores de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sinditanque-MG), discutiram o assunto na terça (25)  com seus colegas de outros estados.”Ficou definido que os representantes das entidades irão provocar reuniões com o governo federal e o governo estadual para tratar das políticas de preços dos combustíveis”, declarou o presidente da entidade, Irani Gomes.

Além dos tanqueiros, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro), que representa os postos, também comemorou o congelamento do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF).

Em nota, o Minaspetro diz que vê com bons olhos a medida com o objetivo de conter a escalada dos preços, já que “em um momento de incertezas econômicas, o aumento de impostos definitivamente não é a solução ideal”.

Segundo o sindicato dos postos, o ICMS da gasolina no ano passado subiu quase 40%, saltando de R$ 4,7821, em janeiro para R$ 6,6840, em dezembro. Ou seja, o consumidor final pagava, em janeiro, R$ 1,48 de ICMS e terminou o ano pagando R$ 2,07 – um impacto de quase R$ 0,60 no valor da bomba. 

Do total de R$ 1,90 de acréscimo no preço em 2021, o ICMS, segundo os cálculos do Minaspetro, é responsável por 31,57% – somando-se a uma carga de impostos que responde por 50% do preço final dos combustíveis.Governadores e governo federal não se entendem quanto ao preço dos combustíveis, que subiu 46% em 2021, segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). O presidente culpa os estados, responsáveis pela cobrança do ICMS, enquanto os governadores atribuem a escalada de aumentos à política de repasse de preços internacionais do petróleo.

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