Economia

Férias coletivas e paralisações: tarifaço de Trump já afeta indústria mineira, diz presidente da Fiemg

Flávio Roscoe afirma que setores como o de ferro-liga, café e joias já estão em férias coletivas e paralisações programadas; a expectativa é por avanços nas negociações entre Brasil e EUA
Férias coletivas e paralisações: tarifaço de Trump já afeta indústria mineira, diz presidente da Fiemg
Foto: Diário do Comércio/ Juliana Sodré

Os impactos negativos do tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros já são uma realidade para a indústria mineira. Essa é a avaliação do presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, que participou da InfraBusiness Expo 2025 nesta terça-feira (12).

O evento reúne a cadeia da infraestrutura de toda a América Latina e acontece no Expominas, em Belo Horizonte, até quinta-feira (14).

Infra Business
Foto: Diário do Comércio/ Juliana Sodré

Na ocasião, Roscoe afirmou que Minas Gerais já tem empresas em férias coletivas ou com paralisações programadas. Segundo ele, trata-se de companhias dos segmentos de ferro-liga, da cadeia do café e do setor de joias.

“Os empresários estão aguardando as negociações para decidir o que farão em um próximo momento”, afirmou Roscoe.

O presidente da Fiemg ressalta ainda que empresas, mesmo fora dos segmentos diretamente afetados, também têm sofrido com as tarifas. “Elas destinam um percentual significativo da produção ao mercado norte-americano”, diz.

Sobre o setor de infraestrutura, foco da exposição, Roscoe explicou que não é um dos principais alvos do tarifaço. “Máquinas e equipamentos não são o foco. Há alguns itens incluídos, mas pertencem a outros setores. Na construção pesada, há fornecedores de autopeças para equipamentos que foram atingidos, mas o setor, no geral, não foi afetado”, concluiu.

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