Férias coletivas e paralisações: tarifaço de Trump já afeta indústria mineira, diz presidente da Fiemg

Os impactos negativos do tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros já são uma realidade para a indústria mineira. Essa é a avaliação do presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, que participou da InfraBusiness Expo 2025 nesta terça-feira (12).
O evento reúne a cadeia da infraestrutura de toda a América Latina e acontece no Expominas, em Belo Horizonte, até quinta-feira (14).
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Na ocasião, Roscoe afirmou que Minas Gerais já tem empresas em férias coletivas ou com paralisações programadas. Segundo ele, trata-se de companhias dos segmentos de ferro-liga, da cadeia do café e do setor de joias.
“Os empresários estão aguardando as negociações para decidir o que farão em um próximo momento”, afirmou Roscoe.
O presidente da Fiemg ressalta ainda que empresas, mesmo fora dos segmentos diretamente afetados, também têm sofrido com as tarifas. “Elas destinam um percentual significativo da produção ao mercado norte-americano”, diz.
Sobre o setor de infraestrutura, foco da exposição, Roscoe explicou que não é um dos principais alvos do tarifaço. “Máquinas e equipamentos não são o foco. Há alguns itens incluídos, mas pertencem a outros setores. Na construção pesada, há fornecedores de autopeças para equipamentos que foram atingidos, mas o setor, no geral, não foi afetado”, concluiu.
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