Taxa de desemprego atinge 13,3% no País

São Paulo – O Brasil encerrou o segundo trimestre com a maior taxa de desemprego em três anos e redução recorde no número de pessoas ocupadas, como consequência das medidas de contenção da pandemia do Covid-19, que deixou 12,8 milhões de desempregados.
Entre abril e junho, a taxa de desemprego chegou a 13,3%, contra 12,2% no primeiro trimestre. O resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Pnad Contínua divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) igualou a taxa do trimestre encerrado em maio de 2017 e mostrou ainda forte piora em relação aos 12,0% de desemprego no segundo trimestre de 2019.
As medidas de paralisação para conter a propagação do Covid-19 em todo o País fecharam empresas e consequentemente provocou perdas generalizadas de vagas de trabalho.
Entre abril e junho, houve queda recorde de 9,6% no número de pessoas ocupadas frente aos três primeiros meses do ano, o que representa 8,876 milhões. Em relação ao mesmo período de 2019 o recuo foi de 10,7%.
Já o número de desempregados no Brasil chegou a 12,791 milhões, um recuo de 0,5% em relação ao primeiro trimestre e alta de 0,2% sobre o mesmo período do ano passado.
De acordo com a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, a taxa de desemprego subiu por causa da redução da força de trabalho, que soma as pessoas ocupadas e desocupadas.
A pesquisa mostrou que os empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada somavam 8,639 milhões no segundo trimestre, de 11,023 milhões nos três meses imediatamente anteriores.
Já os que tinham carteira assinada no setor privado no trimestre até junho eram 30,154 milhões, de 33,096 milhões no primeiro trimestre, chegando ao menor patamar da série histórica iniciada em 2012.
Todas as atividade sofreram queda em relação ao número de ocupados, sendo o comércio o mais afetado. Um total de 2,137 milhões de pessoas perderam suas vagas no setor, uma redução de 12,3% em relação aos três primeiros meses do ano.
O número de desalentados, pessoas que não buscaram trabalho mas que gostariam de conseguir uma vaga e estavam disponíveis para trabalhar, chegou a 5,7 milhões de pessoas no trimestre encerrado em junho, maior número desde o início da série histórica. Reuters)
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