Economia

Taxa de inadimplência dos aluguéis recua em Minas Gerais

Em novembro de 2024, o indicador atingiu 2,4%, o menor percentual do ano, segundo levantamento da Superlógica
Taxa de inadimplência dos aluguéis recua em Minas Gerais
Foto: Alessandro Carvalho / Arquivo / Diário do Comércio

Seguindo uma trajetória de queda desde abril, quando alcançou 4,03%, a taxa de inadimplência de aluguel em Minas Gerais recuou 0,14 ponto percentual (p.p) na passagem de outubro para novembro de 2024 e atingiu 2,4%, o menor percentual do ano.

Os dados são de um levantamento da Superlógica, plataforma de soluções tecnológicas e financeiras para os mercados condominial e imobiliário. A pesquisa contou com registros de mais de 800 mil clientes locatários brasileiros, sendo considerados inadimplentes aqueles que possuem boletos em atraso há mais de 60 dias ou que foram pagos após esse prazo.

Conforme explica o diretor de Negócios para Imobiliárias da empresa, Manoel Neto, a redução do índice no Estado não se deve apenas a alterações nos fatores macroeconômicos do Brasil, uma vez que as taxas em outras unidades da Federação também oscilaram, para mais ou para menos. Ele pondera que aspectos locais tiveram influência sobre o resultado.

“As condições regionais, como taxa de emprego e renda familiar local, têm sido preponderantes para as variações dos índices de inadimplência”, afirma.

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Cabe dizer que no terceiro trimestre de 2024, a taxa de desocupação em Minas Gerais ficou em 5%, o menor nível em 12 anos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Já o rendimento médio real recebido por mês pelas pessoas ocupadas chegou a R$ 2.998.

Também vale ressaltar que o Estado criou, nos primeiros 11 meses do exercício passado, 207,5 mil vagas de emprego com carteira assinada, montante que representa um aumento de 50,3% em relação ao registrado em todo o ano de 2023, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Décimo terceiro salário pode ter contribuído

Além do mercado de trabalho aquecido e da renda elevada, outro fator que pode ter contribuído para o recuo da taxa de inadimplência locatícia em Minas Gerais é o pagamento da primeira parcela do 13º salário, na avaliação do economista Guilherme Almeida.

Diminuição do índice no Estado segue a tendência nacional

A baixa no índice de inadimplência de aluguel em Minas Gerais em novembro seguiu a tendência nacional, já que na média do País a taxa recuou 0,11 p.p., atingindo 3,2%.

Entre as regiões do Brasil, o Norte liderou o ranking de inadimplência no mês, com 6,10%, seguido pelo Nordeste (4,87%), Sudeste (2,89%), Centro-Oeste (2,88%) e Sul (2,64%).

O levantamento da Superlógica também mostra que Minas Gerais registrou a quinta menor taxa de inadimplência locatícia entre as unidades federativas, atrás somente de Santa Catarina (1,88%), Sergipe (1,89%), Espírito Santo (2,22%) e Distrito Federal (2,26%). Por sua vez, o estado da Paraíba apresentou o maior nível no período, com 15,77%.

A pesquisa ainda aponta que, nos imóveis residenciais, a maior taxa de inadimplência nacional foi na faixa de aluguel acima de R$ 13.000 (5,41%), enquanto a menor foi de imóveis de R$ 2.000 a R$ 3.000 (1,82%). Quanto aos imóveis comerciais, a faixa de até R$ 1.000 trouxe a maior taxa (6,54%), e a menor foi na faixa de R$ 2.000 a R$ 3.000 (3,5%).

Em relação ao tipo de imóvel, a plataforma diz que a taxa de inadimplência de apartamentos caiu de 2,34%, em outubro, para 2,22%, em novembro; e a de casas, de 3,79% para 3,54%. Já os imóveis comerciais tiveram alta na inadimplência, passando de 4,05% para 4,14%.

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