A taxa de juros influencia na compra de um imóvel?

Fatores como as mudanças nas taxas de juros, tanto a Selic quanto as de financiamento imobiliário, e a situação geral da economia no Brasil podem interferir na decisão do consumidor que queira comprar um imóvel. É o que revela a pesquisa Tendências de Moradia, Perfil Comprador, realizada pela DataZAP, braço de inteligência da plataforma ZAP+.

Para 65% dos entrevistados, a mudança da taxa de juros possui uma grande influência em sua decisão de compra. Esse percentual é ainda maior entre mulheres e moradores das capitais, subindo para 72%.

A maioria (63%) está disposta a pagar até, aproximadamente, R$ 500 mil por um imóvel. Sendo que aqueles com valores na faixa de R$ 300 mil a R$ 499,999 mil são os mais desejados, com 30% das pessoas interessadas nestes imóveis.

A finalidade de compra de 91% das pessoas é a moradia. Apenas 9% disseram que pretendem utilizar o imóvel para investimento.

Perfil da moradia

Os perfis de imóveis mais desejados pelos consumidores são: apartamento padrão (44%) e casa de rua ou vila (30%). Já o tamanho considerado ideal para compra varia entre 61m² e 102m², com 45% do público.

Durante a realização desse estudo, foi possível notar que o interesse por apartamento é maior entre o público feminino (49%), solteiros (59%), entrevistados sem filhos (53%) e residentes das capitais (53%). Já a casa de rua ou vila é a preferência de residentes de outras regiões (41%), com filhos (33%) e com renda de até seis salários mínimos (40%).

Quanto às condições e necessidades de reformas, 61% dos entrevistados disseram que estão à procura de imóveis usados, porém, sem necessidade de reparos. Outros 35% estão dispostos a realizar pequenas reformas no local. Apenas 5% aceitam adquirir um imóvel usado, precisando de uma reforma total.

Considerando apenas o público que indica a necessidade de reforma, a cozinha (49%) e o banheiro (39%) são os principais cômodos do imóvel citados na pesquisa. Ainda, 16% indicaram que pretendem reformar o imóvel inteiro.

O levantamento também apontou que os imóveis mais arejados, espaçosos, com varanda, ambientes bem divididos, vista desimpedida, e com dormitórios maiores são considerados importantes para mais de 60% dos entrevistados.

Além disso, a necessidade por ambientes onde as pessoas possam utilizar para trabalhar também é importante nos imóveis, principalmente para aqueles que trabalham no formato híbrido ou totalmente home office. Nesse caso, ambiente para escritório (66%), varanda (33%) e até mesmo quarto de hóspedes (35%) acabam se destacando na intenção de compra dos consumidores.

Localização

A maioria do público (75%) que está em busca de uma moradia está realizando a busca em sua própria cidade. Sendo que 28% estão dando preferência para imóveis localizados nos bairros que residem.

Apesar de ainda ser a maioria, o grupo de pessoas que procuram por imóveis dentro de seus municípios caiu 4 p.p. se comparado com o observado em 2020. No entanto, o movimento de busca em outras cidades (19%) e até em outros estados (6%) foi maior neste ano.

A disponibilidade de supermercado, padarias e farmácias é muito importante para o público que busca imóvel para moradia. Principalmente os supermercados, citado por 85% dos entrevistados.

Já shoppings, escolas, açougues, academias e restaurantes tendem a ser menos apreciados na consideração de compra. No caso das escolas e universidades, o resultado sobe de 29% para 37% entre aqueles que têm filhos.

Quanto aos aspectos de mobilidade, a preferência do público é estar próximo de vias de acesso (76%), terminais de ônibus (40%) e estações de trem e metrô (28%).

A pesquisa Tendências de Moradia ainda revelou que 55% dos entrevistados consideram morar em um bairro planejado. O interesse por este conceito de moradia é ainda maior entre os mais jovens, com 71% do público aprovando o modelo.