Economia

Taxa de desemprego no 3º trimestre ficou estável em Minas

Indicador atingiu 6% no período, de acordo com dados divulgados pelo IBGE
Taxa de desemprego no 3º trimestre ficou estável em Minas
No País, o índice chegou a 7,7% no trimestre, e em Belo Horizonte, a 8,1% no mesmo período | Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A taxa de desemprego no terceiro trimestre em Minas Gerais ficou estável, tanto frente ao mesmo período de 2022 como na comparação com o segundo trimestre deste ano. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O cenário neste ano para o trabalhador em Minas Gerais, tanto na questão do emprego como nos rendimentos, está melhor do que em 2022”, observa o coordenador da pesquisa no Estado, Humberto Sette.

A taxa de desemprego no Estado foi estimada em 6%, enquanto em igual intervalo de 2022 ficou em 6,3%. No segundo trimestre de 2023, o resultado obtido foi de 5,8%. A variação do terceiro trimestre não foi estatisticamente significativa, conforme o instituto.

Em Belo Horizonte, a taxa de desocupação foi de 8,1%, alta de 0,7 ponto percentual (p.p) em relação ao trimestre anterior e redução de 0,5 p.p. na comparação com o terceiro trimestre de 2022.

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No País, a taxa chegou a 7,7%, menor que a verificada no segundo trimestre (8%). A retração do desemprego foi acompanhada por três estados: Acre, Maranhão e São Paulo. Na comparação com o mesmo trimestre de 2022, o recuo foi ainda maior, de 1 ponto percentual, já que a taxa foi de 8,7% no ano passado.

O coordenador do curso de MBA em gestão financeira e controladoria da Estácio BH, Haroldo Andrade, diz que a atração de investimentos feita pelo governo mineiro é um dos fatores que ajudam na geração de postos de trabalho e a manter a taxa de desemprego em Minas Gerais estável.

Neste ano, Minas Gerais alcançou a marca de R$ 103 bilhões em investimentos atraídos para o Estado, até o fim de setembro. Com os projetos em andamento, o Governo do Estado, por meio da Invest Minas e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), informou que 65% dos empreendimentos estão em fase de implantação ou operação.

Atividades econômicas

No terceiro trimestre de 2023, o grupamento de atividade em que havia o maior número de ocupados no Estado, conforme o IBGE, foi o de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com 18% dos ocupados, seguido do grupamento de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com 16,6%.

O coordenador da pesquisa no Estado observa que na análise do número de pessoas ocupadas por grupamentos de atividade econômica não foram estimadas variações estatisticamente significativas na comparação com o segundo trimestre de 2023.

Já em relação ao terceiro trimestre de 2022, foram verificadas quedas estatisticamente significativas nos quantitativos de pessoas ocupadas nos grupamentos de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-9,0%) e de serviços domésticos (-14,0%).

Força de trabalho

Conforme levantamento do IBGE, a força de trabalho em Minas Gerais era composta por cerca de 11,3 milhões de pessoas no terceiro trimestre de 2023, mesmo patamar estimado no trimestre anterior, e queda de 1,1% em relação ao terceiro trimestre de 2022.

Do total de pessoas na força de trabalho, 10,62 milhões estavam ocupadas no período e 675 mil estavam desocupadas. Dessa forma, em relação ao segundo trimestre de 2023, houve estabilidade da população ocupada (20 mil pessoas a menos ou -0,2%) e variação positiva da população desocupada (20 mil pessoas a mais ou 3,0%).

Já em relação ao terceiro trimestre de 2022, o total de pessoas ocupadas apresentou redução de 0,7% no Estado (decréscimo de 74 mil pessoas), ao passo que o total de desocupados diminuiu 6,5% (47 mil pessoas a menos).

O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 59,9% no Estado, proporção estável em relação ao segundo trimestre de 2023, quando foi estimada em 60%, e variando negativamente (-0,8 p.p.) em relação ao terceiro trimestre do ano anterior.

Perspectiva para o último trimestre de 2023 é positiva

O desemprego deve ser menor no último trimestre do ano em Minas, graças ao impacto sazonal, fruto do aumento das contratações, em especial, de temporários, para atender ao aumento típico da demanda de fim de ano, estimulado pela Black Friday e Natal, destaca o coordenador da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) de Minas Gerais, do IBGE, Humberto Sette.

E a previsão da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem) é de crescimento nas vagas. De acordo com a entidade, Minas Gerais deve acompanhar o aumento dos empregos temporários do Brasil no decorrer do quarto trimestre. Ao todo, o Brasil deve criar cerca de 470 mil vagas no período, alta de 5% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.

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