Taxa de inadimplência dos aluguéis volta a subir em Minas Gerais
A taxa de inadimplência de aluguel em Minas Gerais voltou a subir, depois de dois meses de queda, com alta de 0,09 ponto percentual (p.p.) em maio, na comparação com o mês anterior. O Índice de Inadimplência Locatícia, da plataforma Superlógica, passou de 2,65%, em abril deste ano, no Estado, para 2,74% no mês passado. O indicador ainda apresentou uma retração de 0,73 p.p. frente a maio do ano anterior (3,47%).
O diretor de negócios imobiliários da Superlógica, Manoel Gonçalves, explica que o aumento indica que as famílias estão com orçamentos mais apertados, prolongando o atraso de suas dívidas. Segundo ele, isso dificulta a reorganização financeira e prejudica a regularização das contas.
“É importante monitorar as projeções de alta na inflação e nas taxas de juros, por serem fatores que podem agravar ainda mais a inadimplência de aluguel e o endividamento geral nos próximos meses”, ressalta.
Apesar do avanço frente ao mês de abril, o índice de Minas segue abaixo da média nacional, que foi de 3,33% em maio deste ano. O levantamento demonstra que a taxa de inadimplência de aluguel no País teve variação positiva de 0,18 p.p. na comparação com o mês anterior (3,15%).
Dentre os imóveis residenciais, o grupo com faixa de aluguel acima de R$ 13 mil foi o que registrou a maior taxa de contas em atraso no Brasil, com uma taxa de 6,25%. Esse é o maior indicador desde junho de 2024. Por outro lado, aqueles com aluguel entre R$ 2 mil e R$ 3 mil (1,87%) apresentaram a menor taxa em maio deste ano.
Já entre os imóveis comerciais, a faixa com valor de locação até R$ 1 mil trouxe a maior taxa do último mês (7,28%) em Minas Gerais, enquanto a menor taxa de inadimplência de aluguel foi na faixa de R$ 2 mil a R$ 3 mil, com um índice de 3,97% no período.
Taxa de inadimplência sobe na região Sudeste
A inadimplência de aluguel em Minas Gerais também segue abaixo da média registrada na região Sudeste do País, que fechou o mês de maio com uma taxa de 3,13%. Esse resultado é 0,19 p.p. acima do índice apresentado pela região em abril (2,94%).
O levantamento feito pela Superlógica ainda aponta que a taxa de inadimplência de apartamentos do Sudeste subiu 0,13 p.p., passando de 2,03%, em abril, para 2,16% no mês seguinte. A região segue com uma taxa abaixo da média nacional (2,2%) para esse tipo de imóvel residencial.
Enquanto os imóveis do tipo casa tiveram alta de 0,19 p.p. no indicador, subindo de 3,41% para 3,6% na região Sudeste do Brasil. Assim como no caso dos apartamentos, esse grupo também apresentou resultado abaixo da média nacional (3,72%).
No caso dos imóveis comerciais do Sudeste do País, o estudo demonstra que houve um crescimento de 0,35 p.p. na taxa de inadimplência, passando de 4,08% para 4,43%. No País, a média entre os imóveis desse tipo foi de 4,58%, 0,15 p.p. acima do observado na região.
A região Norte ocupa o topo do ranking com a taxa mais elevada no Brasil, com 4,77%; seguida pela região Nordeste, com 4,68%. Por outro lado, as regiões Sul e Centro-Oeste apresentaram os valores mais baixos do indicador, com taxas de 2,7% e 3,13%, respectivamente.
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