Economia

Temer estima um déficit menor

Temer estima um déficit menor
Temer participou ontem de solenidade de comemoração dos 30 anos da Constituição no Congresso Nacional - Crédito: Antonio Cruz/ABr

Brasília – O presidente Michel Temer afirmou ontem que é provável que o déficit deste ano seja cerca de R$ 20 bilhões menor do que a previsão feita de R$ 159 bilhões. De acordo com ele, o resultado derruba a descrença dos que acharam que o seu governo não daria certo e dos que consideraram a proposta do teto de gastos como a “proposta da morte”.

“Sem embargo de termos feito tanto pelo País, é possível que nem se atinja o valor do teto”, afirmou Temer em discurso durante a cerimônia de entrega de cerca de 500 veículos para a Rede de Assistência Social do País, realizada no Palácio do Planalto. Questionado sobre o valor exato, Temer afirmou não saber de cabeça, mas garantiu que o déficit não será de R$ 159 bilhões como estava previsto.

Para o presidente, as críticas sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do teto de gastos se mostraram infundadas porque o governo federal aumentou as verbas para as áreas da saúde e educação.

De acordo com Temer, o resultado ajudará o Orçamento do ano que vem, que será herdado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro. Temer também manifestou o desejo de usar, ainda neste ano, parte do recurso que sobrar para investimentos na área social. “Quero ver se faço uma reequação (sic) dos valores que remanesceram”, disse.

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Ao final do evento, o presidente não quis comentar sobre a conversa que teve com Bolsonaro na manhã de ontem ao encontrá-lo na sessão solene realizada pelo Congresso em comemoração aos 30 anos da promulgação da Constituição Federal.

Os dois terão uma reunião oficial nesta quarta-feira. Questionado sobre se Bolsonaro chegou a comentar sobre a reforma da Previdência com ele, Temer negou. “Não falou comigo sobre isso. Ele tem anunciado que falará sobre isso, mas falaremos amanhã”, disse.

Discurso – Ao participar da sessão solene em comemoração aos 30 anos da Constituição Federal no Congresso, Michel Temer disse que a Carta Magna trouxe “inegáveis” avanços à democracia brasileira e lembrou, como deputado constituinte que foi, que a expressão Estado Democrático, tão falada, é sinônimo de Estado de Direito.

Ao citar o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, que o antecedeu Temer sinalizou que é simpático à ideia de que os representantes dos Três Poderes se reúnam frequentemente. “Sei que o presidente Toffoli já conversou com o presidente Jair Bolsonaro, já conversou conosco, com os membros do Congresso Nacional para que permanentemente, mensalmente ou bimensalmente, haja um encontro dos chefes de Poderes para que possam direcionar o país no caminho que a Constituinte de 1988 nos indicou. Não tenho dúvida que a Constituinte indicou o melhor caminho”, disse, ao destacar que “o povo é o verdadeiro titular o poder”.

O presidente da República lembrou ainda que foi deputado por 24 anos e que, para ele, a palavra que simboliza a cerimônia é “recordação”. Neste sentido, disse que a Constituição jamais pode ser esquecida. (ABr/AE)

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