Terminal Ferroviário de Bação, em Itabirito, recebe licença ambiental

O Terminal Ferroviário de Bação (TFB), em Itabirito, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), recebeu licença ambiental da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) na última segunda-feira (10). O empreendimento é considerado uma das soluções para reduzir o tráfego de carretas com minério de ferro na BR-040. O investimento deve superar os R$ 50 milhões.
Segundo informações da Bação Logística, a licença autoriza a implantação e consequente operação do terminal ferroviário.
Por meio de nota, a empresa destaca as vantagens do transporte ferroviário, considerado mais seguro, eficiente e sustentável. “Comparado com o modal rodoviário, a ferrovia emite até 75% menos gases poluentes, reduzindo ainda a circulação de caminhões e a ocorrência de acidentes”, diz a Bação em trecho do documento.
E acrescenta que a utilização do TFB, do ponto de vista ambiental, permitirá importante diminuição do tráfego de carretas na BR-040 e no Anel Rodoviário de BH, e acarretará na redução de emissão de cerca de 14.000 t/ano de CO₂.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
O projeto estava submetido à análise das autoridades estaduais desde 2019 e passou pelo crivo de diversos órgãos e instituições municipais e estaduais, conforme informação da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).
O trecho onde será implantado o terminal está no norte da Ferrovia do Aço, inaugurada há cerca de 40 anos, no distrito de São Gonçalo do Bação, em Itabirito. O investimento estimado para implantação do terminal é superior a R$ 50 milhões e a fase de obras do projeto deve levar até um ano, conforme informações da Bação Logística.
O Terminal Ferroviário de Bação tem como objetivo atender à demanda por carregamento ferroviário na região de Itabirito, oferecendo uma alternativa logística ao transporte rodoviário.
Grupo é contra localização do terminal ferroviário
Apesar das vantagens destacadas pela empresa, Claudio Aguiar, membro ativo do Vozes do Bação — grupo composto por representantes das comunidades de São Gonçalo do Bação, Ribeirão do Eixo, Saboeiro, Macedo, Teixeira e Córrego do Bação — diz que o empreendimento vai impactar negativamente na qualidade de vida da população
Ele frisa que as comunidades não são contra o empreendimento. “O problema é o local onde pretendem instalá-lo. Há outras opções”, argumenta.
O integrante do Vozes do Bação, que reúne profissionais de várias áreas, como analistas ambientais, engenheiros, turismólogos, produtores culturais, agricultores familiares, acrescenta que vai procurar os meios legais possíveis. “Não é uma briga pessoal, é uma briga da comunidade, uma luta pela sobrevivência”, frisa.
Ouça a rádio de Minas