Economia

Tomate e batata pesam, e custo da cesta básica avança na capital mineira

Funcionário em BH que recebe um salário mínimo precisou trabalhar durante 120 horas e 14 minutos para pagar alimentação em outubro
Tomate e batata pesam, e custo da cesta básica avança na capital mineira
Crédito: Charles Silva Duarte/Arquivo DC

O custo da cesta básica em Belo Horizonte em outubro foi calculado em R$ 662,37, um aumento de 1,88% em relação ao mês anterior. É o que aponta a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O levantamento apurou ainda que, na comparação com outubro de 2021, o kit de alimentos teve elevação de 10,62%. No acumulado do ano, houve um acréscimo de 9,45%.

Dentre os 13 itens que compõem a cesta básica nacional, quatro foram os responsáveis por puxar a alta do indicador com aumento nos preços médios em outubro frente a setembro. Foram eles: tomate (38,33%), batata (25,51%), manteiga (1,07%) e pão de sal (1,04%).  

Os outros nove produtos registraram queda: feijão (-7,69%), óleo de soja (-4,07%), banana (-3,94%), leite (-3,68%), carne (-1,77%), arroz (-1,63%), açúcar (-1,48%), café (-0,86%) e a farinha de trigo (-0,59%).

Trabalho x cesta básica

O estudo do Dieese mostrou também que o trabalhador da capital mineira que possui remuneração equivalente a R$ 1.212,00, ou seja, um salário mínimo, precisou trabalhar durante 120 horas e 14 minutos para adquirir a cesta básica em outubro. Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o belo-horizontino precisou comprometer 59,08% de sua renda para adquirir os produtos alimentícios básicos.

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Já em setembro, o percentual foi de 57,99% Em outubro do ano passado, essa variação ficou em quase 59% do salário mínimo vigente naquele momento, no valor de R$ 1.100,00.

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