Torre de energia em São Paulo é sabotada

A transmissora de energia Taesa informou na sexta-feira (13) que uma de suas torres de transmissão em Rio das Pedras, no interior de São Paulo, sofreu danos após um ato de sabotagem na véspera. O fato foi reportado à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e ao Ministério de Minas e Energia.

A empresa pontuou ainda que “os danos provocados não resultaram em interrupção da prestação do serviço público de transmissão de energia elétrica”. A Taesa não detalhou mais.

O ato de sabotagem ocorre após três torres de transmissão terem sido derrubadas entre domingo (8) e segunda-feira (9). A Polícia Federal investiga possível relação dessas ações criminosas com a invasão dos prédios dos Três Poderes, no domingo, por manifestantes..

 As quedas de duas torres de transmissão do sistema Eletrobras ocorreram após sabotadores cortarem os cabos de fixação, chamados de estais, segundo fontes ouvidas pela Reuters. As torres caíram em sistemas de Furnas (no Paraná), na madrugada de segunda-feira, e da Eletronorte (Rondônia), na noite de domingo, sem resultar em problemas para o fornecimento de energia, já que esquemas alternativos foram acionados.

Uma terceira torre, do grupo Evoltz – em linha que vai de Rondônia a São Paulo (Complexo Madeira) – também foi derrubada na madrugada de segunda-feira, com indícios de sabotagem pelo corte dos estais. “Na linha do Paraná foram encontrados fios cortados, num sinal de vandalismo”, disse uma segunda fonte também em condição de sigilo.

Elas explicaram que as torres derrubadas, do tipo estaiadas (fixadas por cabos), são menos comuns no sistema brasileiro de transmissão, que conta mais com as chamadas autoportantes, fixas no solo. Procurada, a Eletrobras não comentou o assunto imediatamente.

Segundo as fontes, a linha do Paraná só foi normalizada na manhã desta sexta-feira (13), enquanto a linha da Eletronorte, em Rondônia, havia sido reativada na quarta-feira (11). A torre do Complexo do Madeira deveria voltar a operar ainda nesta sexta-feira.

No caso paranaense, documento publicado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) também apontou avarias em três outras torres do empreendimento, além dos indícios de “sabotagem” ou “vandalismo”.