Economia

Transporte é desafio para indústria do Vale do Aço

O escoamento da produção é hoje o grande problema por conta da infraestrutura local
Transporte é desafio para indústria do Vale do Aço
Usiminas em Ipartinga | Foto: Adobe Stock

O transporte é o principal desafio para a indústria da região do Vale do Aço, segundo o presidente da Regional Vale do Aço da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), João Batista Alves. O empresário, natural de Caratinga, assumiu a presidência da entidade neste mês. Ele afirma que tanto para deslocamento de peças quanto para recebimento de matéria-prima, a região metropolitana enfrenta dificuldades.

As peças produzidas pelo setor industrial da região das cidades de Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo são de grande porte. Alves conta que o escoamento dessa produção é hoje o grande problema por conta da infraestrutura local. “Hoje, um percurso de 250 km chega a 600 km, porque a BR-381 não está preparada para receber o transporte de cargas pesadas neste momento. Depois que ela for duplicada, aí vamos estar preparados”, disse.

As dificuldades com o transporte das peças encarecem o frete e dificultam que a indústria do Vale do Aço tenha um preço mais competitivo no mercado, principalmente para concorrer em licitações fora da região metropolitana. “É um gargalo gigante para nós. Nas chuvas que tiveram recentemente, nosso frete quase dobrou, porque tivemos que passar por outros locais e isso encarece o preço bastante”, afirma Alves.

Importação também é desafio para indústria do Vale do Aço

Para além de todo o desafio enfrentado no escoamento da produção industrial e no recebimento de matéria-prima, o novo presidente da Fiemg Regional Vale do Aço aponta outra barreira à indústria da região: a importação do aço da China. Até por isso, João Batista Alves não espera um crescimento do setor da região neste ano. “Acredito que o crescimento (da produção) deve ficar nos mesmos patamares de hoje, de estabilidade, ele vai ficar onde está”, comenta.

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O presidente da entidade espera alguma medida do governo federal para que a indústria, não somente do Vale do Aço, mas de todo o País, tenha condições de competir com o produto originado do gigante asiático. “Uma tomada de decisão em taxação do aço importado viabilizaria um crescimento. A princípio, a siderurgia (o setor) tem comunicado do problema que isso inviabiliza a produção do Brasil”, finaliza.

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