Lote da BR-381em Caeté, região Central, pode ser entregue até o fim deste ano

A paralisação das obras de duplicação da BR-381, desde o final de 2018 até o início de 2019, e a falta de manutenção na rodovia levaram lideranças políticas de cidades da região do Médio Piracicaba a se reunirem, na quarta-feira (20), com representante do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), na Capital.

Presente no encontro, o vereador Allaim Gomes (PDT), de Itabira, disse que as lideranças tiveram o comprometimento de que o lote 7, que compreende o trecho da BR-381 que vai do rio Una, entre São Gonçalo do Rio Abaixo e Barão de Cocais, até Caeté, será entregue até o final deste ano.

Coordenador do Movimento Nova 381, Luciano Araújo ponderou ontem que o prazo contratual realmente prevê a entrega do lote 7 até dezembro deste ano. Também está prevista para a mesma data a entrega do lote 3.1.

Entretanto, segundo ele, não há verba suficiente para que isso ocorra.
No final do ano passado, o Movimento Nova 381 alertou que a verba destinada para a obra de duplicação da BR-381 em 2019 ficaria abaixo da metade do considerado ideal.

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A previsão é que a intervenção receba R$ 169,43 milhões, mas para a conclusão dos lotes 7 e 3.1 seriam necessários mais R$ 300 milhões. “O Movimento Nova 381 vem trabalhando para conseguir liberação de emendas para viabilizar as obras”, disse.

O vereador Allaim Gomes informou que as lideranças políticas se mobilizaram principalmente porque, entre dezembro e janeiro, as obras de duplicação ficaram paradas e, além disso, nem mesmo manutenção estava sendo feita.

Nesse cenário e com o período chuvoso, alguns trechos chegaram a ficar praticamente intransitáveis. Também há problemas na sinalização de desvios.

Segundo Gomes, as reparações já tiveram início. E, na reunião realizada na quarta-feira, o grupo foi informado que as obras foram suspensas devido ao período de chuvas e ao trâmite de licenças ambientais. A previsão é de retomada nos próximos dias.

A obra na BR-381 teve início em 2014 e prevê a duplicação da rodovia entre Belo Horizonte e Governador Valadares, em trecho com alto índice de acidentes. O cronograma inicial indicava a conclusão da obra em 2017.

Privatização – O Dnit foi procurado para se posicionar sobre o cronograma das obras de duplicação da BR-381 em 2019, mas não retornou até o fechamento desta edição.

A obra pode passar a integrar o pacote de concessões de rodovias do governo federal, como anunciado pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.

Na avaliação de Luciano Araújo, caso a duplicação seja realizada pela iniciativa privada, o preço cobrado pelo pedágio pode ficar inviável.

Segundo Araújo, estudos apontam que o valor cobrado seria de R$ 8 a cada 30 km. Com isso, o custo com os pedágios na viagem de ida e volta entre Belo Horizonte e Governador Valadares ficaria em R$ 160.

“A empresa que fizer a obra vai buscar rentabilidade, repassando para a sociedade. Nós buscamos um modelo de logística que dê competitividade à região. Um pedágio com esse preço nos tira competitividade”, diz.

Ele considera que a obra, devido à sua complexidade, deve ser finalizada pelo próprio governo federal. A partir daí, a rodovia poderia ser operada no modelo de concessão. Já o vereador Allaim Gomes considera a privatização uma solução viável.