Economia

UE ameaça retaliar na “mesma moeda” tarifas dos EUA

UE ameaça retaliar na “mesma moeda” tarifas dos EUA
Juncker deixou claro que UE não vai aceitar interferência externa nas suas políticas comerciais Crédito: Aris Oikonomou/Pool via REUTERS

Berlim – A União Europeia (UE) responderá da mesma forma se o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, renunciar à promessa de se abster da imposição de tarifas sobre automóveis da região, disse o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, enquanto as tensões comerciais entre a Europa e os Estados Unidos aumentavam novamente.

Juncker afirmou à emissora alemã ZDF, na sexta-feira (31), que a União Europeia não deixará ninguém determinar suas políticas comerciais. Se Washington decidiu impor tarifas de automóveis depois de tudo, “então nós também faremos isso”.

Donald Trump rejeitou, na quinta-feira (30), uma oferta da UE para eliminar tarifas sobre carros e disse que as políticas comerciais da UE são “quase tão ruins quanto as da China”, informou a Bloomberg News.

Juncker contou que negociou um “acordo para cessar-fogo” com Trump em julho e, apesar de tais acordos serem frequentemente ameaçados, eles geralmente são respeitados.

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Reunião com Alemanha – A chanceler da Alemanha Angela Merkel deve se reunir com Juncker, na terça-feira (4), informou a porta-voz do governo alemão, Ulrike Demmer, na sexta-feira (31). Ela se recusou a comentar sobre as últimas declarações de Trump, mas disse que a Alemanha fundamentalmente procurou reduzir as barreiras comerciais e promover o livre comércio.

A questão comercial também deveria ser abordada em encontro de Merkel com o presidente francês, Emmanuel Macron, na França, na sexta-feira.

A UE continua em desacordo com os Estados Unidos em relação ao bloqueio dos Estados Unidos à nomeação de juízes na Organização Mundial do Comércio (OMC), às tarifas estabelecidas por razões de segurança nacional e à dura postura de Washington em relação à China.

Trump havia concordado, em julho, em conter as tarifas de 25% sobre as importações de automóveis, enquanto os Estados Unidos e a Europa falavam em cortar outras barreiras comerciais, mas as autoridades americanas ficaram frustradas com o ritmo lento do progresso. (Reuters)

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