Economia

Unidas faz aporte de R$ 200 milhões no segmento de pesados

Previsão é de que os investimentos da empresa cheguem a R$ 200 milhões até o final do ano neste mercado
Unidas faz aporte de R$ 200 milhões no segmento de pesados
Crédito: Divulgação/Unidas

Com a união da Ouro Verde, do segmento de locação de leves e pesados com a Unidas, locação de veículos leves, no ano anterior, a Unidas vem se tornando um importante player nesse mercado de pesados em Minas Gerais. Apenas para atender a dois clientes do agronegócio mineiro, a Unidas investiu neste início de 2024 cerca de R$ 100 milhões na aquisição de veículos pesados, e a previsão é que os investimentos cheguem a R$ 200 milhões até o final do ano neste segmento.

A frota de pesados da Unidas em Minas Gerais conta com um total de 1.248 ativos entre veículos leves, caminhões, máquinas e equipamentos pesados, que ainda receberão investimentos. Segundo o Ceo da Unidas, Cláudio Zattar, a empresa entrou forte para atender os setores de mineração, infraestrutura e agronegócio (açúcar e álcool) em Minas Gerais.

“Atualmente temos um foco muito especial no mercado mineiro na locação de veículos pesados. No segmento de cana-de-açúcar, iniciamos duas grandes operações em Uberaba e Santa Juliana (ambas no Triângulo Mineiro), neste mês, no início da colheita da safra de cana. Um dos clientes é a Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA) e o outro é a Bunge. No setor de mineração, estamos atendendo a Vale S.A. e outras empresas do setor e, em infraestrutura, a construtora Terrazzas”, enumerou.

Ativos

No segmento de leves, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) determinou que a Localiza se desfizesse de parte da frota e também da marca Unidas. Dessa forma, a Localiza ficou com uma parte pequena da frota e não com a marca Unidas, que é independente, conforme explicou o CEO.

“Anteriormente a esse processo, a Unidas tinha 232 lojas no País e uma frota com 72 mil veículos leves para locação. Compramos 50 mil carros e ficamos com 180 lojas desse montante. O cliente Unidas tinha acesso a mais lojas, que tiveram seus números reduzidos, mas a nossa meta é recuperar esses ativos”, explicou.

De acordo com o executivo a tendência é que a Unidas vá recuperando os ativos com o passar do tempo. Em Belo Horizonte, a empresa teve um acréscimo de quatro lojas de aluguel de carros e outras três para vendas de seminovos. “Até o final deste ano avaliaremos alguns pontos comerciais e queremos lojas com mais potencial para atender os clientes da Unidas. Pretendemos encerrar 2024 com 10 lojas de aluguel e cinco para vendas de seminovos. Atuamos em um mercado de capital intenso e temos disciplina de investimentos”, projetou.

A exemplo do Brasil, o mercado de venda de veículos seminovos em Minas Gerais está indo bem, pois é uma opção para o consumidor quando comparado com o carro zero. Segundo o CEO, a demanda por aquisição de veículos é um segmento extremamente promissor, entretanto, o mercado ainda se recupera das isenções e reduções concedidas pelo governo em 2023, o que fez com que o valor do carro zero se aproximasse bastante do seminovo. “Vamos esperar o segmento de seminovos voltar a se regularizar para continuar investindo em frotas novas”, afirmou.

Minas Gerais é o segundo maior mercado da Unidas, ficando atrás apenas de São Paulo. No caso dos leves, a frota é muito dinâmica, disse Zattar. “Temos muitos casos de carros que são locados em Belo Horizonte e devolvidos em São Paulo e Rio de Janeiro. O mercado do Estado é amplo e justifica aumentar a frota disponível nas lojas e continuar crescendo. As maiores demandas no Estado são em Belo Horizonte, e em Uberlândia e Uberaba, no Triângulo Mineiro, além de algumas cidades do Sul de Minas”, destacou.

Elétricos

Com relação à oferta de carros elétricos nas unidades da Unidas, ainda é um ponto em desenvolvimento, disse o executivo, mesmo acreditando que esse tipo de veículo, no futuro, será um fator importante na mobilidade brasileira. “Compramos alguns modelos e a taxa de ocupação nunca passou dos 30%. Nesse ramo, para ser considerado um bom negócio é necessário que essa taxa fique, pelo menos, em 75%. O consumidor ainda desconfia dos elétricos em questões como autonomia e recarga”.

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