Usiminas: decisão do STF terá impacto de R$ 2,4 bi

A Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas) informou ontem que estima um impacto positivo de R$ 2,4 bilhões, antes de efeitos fiscais, em seus resultados após a decisão do Supremo Tribunal Federal que excluiu o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) da base da cálculo do PIS/Cofins.
A companhia afirmou que o efeito no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da decisão do STF será de cerca de R$ 1,5 bilhão, “que deverão ser reconhecidos nas informações trimestrais da companhia”.
A empresa não detalhou, em comunicado enviado ao mercado, em que período pretende registrar o impacto positivo no balanço.
O grupo siderúrgico informou ontem também que agência internacional de avaliação risco de crédito Moody’s anunciou uma nova classificação da nota da Usiminas, que passa para AA-.br. A perspectiva é estável. Com isso, a empresa está apenas a três níveis da classificação máxima.
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No relatório, a agência avalia que a nova nota da Usiminas “reflete sua sólida posição no mercado brasileiro de aços planos, assim como a capacidade da empresa de adaptar suas operações às condições de mercado no Brasil”. Ainda de acordo com o texto, esse posicionamento tem relação com o “desempenho operacional da Usiminas durante a pandemia” que, com ações decisivas, preservou as operações e a utilização do caixa operacional da companhia.
Essa é a terceira atualização nas notas de crédito concedidas à Usiminas por agências do mercado financeiro somente neste ano. Em fevereiro, a Standard & Poors já havia elevado a nota da Usiminas para BB- e brAA+ nas escalas nacional e global, respectivamente . Já no último dia 18, foi a vez da agência Fitch, que passou o rating de A+ para AA+ na escala nacional e, na escala global, de BB- para BB, com perspectiva estável.
Balanço – No primeiro trimestre, a Usiminas registrou lucro líquido de R$ 1,2 bilhão, ante prejuízo de R$ 424 milhões no mesmo período do ano passado. O resultado foi impulsionado pela forte demanda de aço no País, que levou ao aumento dos preços.
O volume de vendas de aço da companhia aumentou 20% sobre o mesmo período do ano passado, para 1,25 milhão de toneladas, o maior volume registrado desde o segundo trimestre de 2015. Já a comercialização de minério de ferro caiu 12% na mesma base de comparação, para 1,94 milhão de toneladas. Com isso, a receita líquida aumentou 86%, para R$ 7,1 bilhões, recorde trimestral. (Com informações da Reuters)
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