Economia

Lucro líquido da Usiminas salta 845% no primeiro trimestre

A empresa, que abriu a temporada de resultados do setor siderúrgico, também afirmou que espera um cenário de "estabilidade" para o atual trimestre
Atualizado em 24 de abril de 2025 • 18:37
Lucro líquido da Usiminas salta 845% no primeiro trimestre
Foto: REUTERS/Alexandre Mota

A Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas) reportou, no primeiro trimestre deste ano, lucro líquido de R$ 337 milhões, o que representa um salto de 845% sobre o mesmo período do ano passado. Com o desempenho, a empresa conseguiu reverter o prejuízo que teve nos últimos três meses, de R$ 117 milhões. A melhora, de acordo com o grupo mineiro, foi consequência dos maiores resultados operacionais e financeiros.

Conforme o balanço divulgado nesta quinta-feira (24), o Ebitda ajustado subiu 76% na comparação anual, para R$ 733 milhões, e a margem Ebitda ajustado avançou quatro pontos percentuais, para 11%. A receita líquida, por sua vez, cresceu 10%, para R$ 6,9 milhões.

Entre janeiro e março de 2025, a Usiminas comercializou 1,1 milhão de toneladas de aço, quantidade 5% superior à registrada em igual intervalo do exercício anterior. As vendas para o mercado interno totalizaram um milhão de toneladas, aumento de 9%.

No período, a empresa vendeu 2,2 milhões de toneladas de minério de ferro, elevação de 13%. O montante destinado ao exterior somou 1,7 milhão de toneladas, alta de 32%.

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Para o segundo trimestre, o grupo espera estabilidade na siderurgia, com vendas similares às do primeiro trimestre. Na mineração, o prognóstico é de negociações estáveis, mas com expectativas menos favoráveis em relação aos preços internacionais da commodity.

Empresa vê cenário desafiador para a segunda metade do ano

Embora os primeiros meses estejam positivos, a Usiminas prevê dificuldades na segunda metade de 2025. O CEO da empresa, Marcelo Chara, disse que o grupo enxerga o período “como desafiador e incerto, principalmente devido aos altos volumes de importação de aço em condições de competição desleal, ao impacto no consumo doméstico devido à taxa de juros atual em níveis elevados e as incertezas no comércio internacional”.

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