Usiminas investe R$ 950 milhões para aumentar eficiência operacional em Minas Gerais

A Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas) está investindo R$ 950 milhões para melhorar a eficiência operacional da Coqueria 2, em Ipatinga, no Vale do Aço. Com os aportes, a capacidade nominal do equipamento será ampliada em até 12%. As obras durarão quase três anos e devem gerar 600 empregos diretos.
De acordo com a companhia a bateria 3 da Coqueria 2 passará por um reparo a quente. O investimento é necessário para recuperar a capacidade integral do equipamento, que já havia passado por obras emergenciais entre fevereiro de 2022 e abril do ano passado. Atualmente, a Coqueria 2 opera somente com a bateria 3, uma vez que a Coqueria 1 foi paralisada em 2012. Já a Coqueria 3 teve a produção interrompida em dezembro de 2023, decisão motivada pela possibilidade de o desempenho ambiental ser afetado com a manutenção da operação.
“A decisão de parar foi uma demonstração clara da nossa empresa que o respeito ao meio ambiente e à comunidade tem prioridade frente à produção. Agora, estamos trabalhando para ter uma solução estrutural para garantir mais coque próprio para a nossa operação. Isso é fundamental para a nossa competitividade,” explica o vice-presidente de Áreas Primárias da Usiminas, Célio Assis.
Para o responsável na Usiminas pelo diálogo institucional e com a comunidade, André Chaves, a reestruturação impacta positivamente, sobretudo, na eficiência operacional e ambiental, que é o grande foco da siderúrgica neste momento.
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“Os investimentos representam menos consumo de matérias-primas e uma melhora da qualidade do coque que será utilizado no nosso alto-forno, gerando um efeito positivo da produção do aço, de forma a ganharmos competitividade e atender a todos os nossos stakeholders”, comentou Chaves.
Obras seguem até 2026 sem interromper as atividades
As obras tiveram início em fevereiro deste ano e seguirão até 2026. O reparo será realizado sem parar a produção do equipamento em um modelo de revezamento dos fornos entre a produção e as intervenções.
De acordo com o vice-presidente de Áreas Primárias da Usiminas, a reforma é fundamental para garantir a sustentabilidade operacional da empresa para os próximos anos com a produção própria de coque, que possui melhor qualidade como combustível para os altos-fornos. “Nosso plano, após o reparo, é aumentar em 12% a produção de coque e assim aumentar nossa competitividade”, aponta Assis.
Investimento impacta região do Vale do Aço
De acordo com o responsável na Usiminas pelo diálogo institucional e com a comunidade, André Chaves, “a geração de empregos conta com 60% de mão de obra local, pessoas que já residem e estão integradas nos serviços das cidades como moradores, com baixos impactos para a comunidade”, comenta.
Ele pontua que todo este movimento reverte em geração de impostos para o município, consumo no comércio, melhor desempenho ambiental na produção e segurança operacional.
“A gente foca a qualificação, no aproveitamento da mão de obra qualificada de forma que ela fique retida no Vale do Aço, melhorando o nível de empregabilidade da região e fortalecendo, a cada ciclo de investimento, toda esta convivência da Usiminas com as comunidades, o comércio e a economia local”, conclui Chaves.
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