Economia

Usiminas renegocia dívidas e vê rating subir

Usiminas renegocia dívidas e vê rating subir
Crédito: CHARLES SILVA DUARTE/Arquivo DC

São Paulo – A Usiminas firmou termo com Banco do Brasil, Bradesco e Itaú Unibanco que formaliza a renegociação de dívidas da companhia com os respectivos bancos brasileiros, entre outros credores, de acordo com fato relevante da siderúrgica divulgado ontem. Em meio à operação, agências internacionais elevaram o rating da companhia.

O instrumento denominado “Termos e Condições Vinculantes para Alterações em Operações Financeiras” inclui a renegociação de dívidas com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Japan Bank for International Corporation (JBIC), a Nippon Usiminas Co., o Mizuho Bank Ltd. e outras instituições financeiras japonesas, bem como detentores de debêntures da Usiminas no âmbito da escritura da 6ª emissão pública.

De acordo com o termo firmado e no âmbito da renegociação de dívidas, a siderúrgica realizaria, nesta data, por meio da sua subsidiária integral Usiminas International, lançamento de uma emissão de títulos representativos de dívida destinados à colocação no mercado internacional para captação de recursos para a realização de pré-pagamentos integral de sua dívida junto ao BNDES e aos credores japoneses e parcial de sua dívida junto aos debenturistas.

“Eventuais recursos remanescentes da emissão serão utilizados para o pré-pagamento parcial da dívida da companhia junto aos bancos brasileiros e/ou debenturistas”, disse a Usiminas.

Rating – A agência de classificação de risco Moody’s informou ontem que elevou o rating da Usiminas para Ba3 ante o rating anterior de B1, com perspectiva estável, sustentada pela melhora no perfil de liquidez da empresa.

A melhora no perfil de liquidez da siderúrgica, de acordo com a Moody’s, é proveniente da proposta de nova emissão de pelo menos US$ 500 milhões em notas sêniores sem garantia.

Também ontem, a agência Fitch elevou a classificação de risco da Usiminas para BB- ante B+, definindo a perspectiva da nota da companhia em estável. A agência citou situação de “ampla liquidez e saídas administráveis de caixa” ao longo dos próximos três anos.

“Os ratings continuam refletindo a sólida posição da Usiminas no mercado brasileiro de aço plano e as medidas tomadas para ajustar as operações à fraca demanda no mercado interno nos últimos anos”, disse a Moody’s em relatório.

Já a Fitch escreveu que “a capacidade da Usiminas de levantar nova dívida sem garantia a custos atraentes para refinanciar a maior parte do acordo vai melhorar a liquidez, a flexibilidade financeira e o perfil de crédito no curto prazo”. (Reuters)

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