Economia

Usiminas vai retomar operação do alto-forno 3, em Ipatinga

O equipamento recebeu R$ 2,7 bilhões em investimentos que incluem sistemas mais modernos de produção e novos controles ambientais
Usiminas vai retomar operação do alto-forno 3, em Ipatinga
Alto-forno 3 é o maior da companhia e ganhou sistemas mais modernos de produção, além de novos controles ambientais | Crédito: Divulgação/Usiminas

A Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas) vai retomar a operação do alto-forno 3, em Ipatinga, região do Vale do Aço. A empresa informou que vai realizar nos próximos dias as manobras para o reacendimento do equipamento, que recebeu R$ 2,7 bilhões em investimentos que incluem sistemas mais modernos de produção e novos controles ambientais.

O alto-forno 3 é o maior equipamento de produção de aço bruto da companhia. O processo de modernização do equipamento inclui intervenções com o objetivo de trazer uma série de benefícios, permitindo a otimização da fabricação na planta, assim como melhorias no tratamento ao meio ambiente com a redução de gases de efeito estufa.

“Esse processo deverá gerar ruídos e emissões visíveis para a comunidade vizinha à usina. Todas as medidas de mitigação do incômodo e procedimentos para a garantia da segurança serão adotados seguindo um amplo planejamento das equipes técnicas”, informa a companhia em nota, que também foi divulgada para a comunidade local.

Conforme já noticiado pelo DIÁRIO DOCOMÉRCIO, o equipamento passava por reformas desde o mês de abril, o que obrigou a Usiminas a formar estoques anteriores de placas para atender os clientes. A previsão era que a reativação do alto-forno acontecesse em outubro, sendo que a perspectiva anterior era setembro.

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As obras do alto-forno 3 da Usiminas em Ipatinga envolveram cerca de 6 mil pessoas, com previsão de quase 9 mil durante o pico. Depois da reforma, a previsão é que o equipamento possa operar pelos próximos 15 ou 20 anos.

Em junho deste ano, o então presidente da Usiminas, Alberto Ono, disse, em entrevista exclusiva ao DIÁRIO DO COMÉRCIO, que intervenções nos altos-fornos 1 e 2 de Ipatinga não estão descartadas e que as obras poderiam ocorrer a partir de 2027. Por enquanto, no entanto, a siderúrgica estuda a melhor estratégia para as adequações: reforma ou troca dos equipamentos.

O novo CEO da companhia, o argentino Marcelo Chara, foi aprovado em julho durante reunião do Conselho de Administração da Usiminas. Chara foi vice-presidente industrial da Usiminas entre 2012 e 2014 e presidia a Ternium Brasil desde setembro de 2017.

Balanço

No fim de outubro, a companhia divulgou prejuízo líquido de R$ 166 milhões no terceiro trimestre, revertendo resultados positivos obtidos no mesmo período de 2022 e no segundo trimestre deste ano, com queda na receita e vendas de aço em baixa.

A Usiminas apurou um resultado operacional medido por lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado negativo em R$ 20 milhões, abaixo dos R$ 836 milhões positivos obtidos um ano antes.

A empresa, que concentra sua produção de aço bruto no Estado e mantém paralisado o alto-forno de Cubatão desde 2016, previu vendas no quarto trimestre de 900 mil a 1 milhão de toneladas de aço.

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