Economia

Vagas temporárias devem crescer no 3º trimestre em Minas

Em Minas Gerais, alta deve ser da ordem de 6%, acompanhando previsão do País, estima Asserttem
Vagas temporárias devem crescer no 3º trimestre em Minas
Crédito: Reprodução AdobeStock

As contratações de temporários no terceiro trimestre deste ano devem registrar crescimento da ordem de 6% em Minas Gerais frente ao mesmo período do ano anterior, acompanhando a previsão nacional da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem), segundo o diretor regional da entidade em Minas Gerais, Glaucus Botinha. “Não deve ter muita variação no Estado na comparação com o resultado do País. Tradicionalmente, Minas acompanha o desempenho nacional”, diz.

Para o dirigente, os setores que normalmente puxam o incremento da atividade no Estado devem ser os responsáveis por boa parte da expansão das vagas temporárias nesse período. É o caso de mineração, siderurgia, agronegócio, segmento automobilístico e serviços.  

Botinha diz que o crescimento da economia vem ajudando nos resultados positivos do setor. Os últimos dados do Monitor do PIB, divulgado nesta terça-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) atestam o crescimento da economia do País em 2024, com alta de 0,3% na passagem de maio para abril, impulsionada pelo consumo interno aquecido.

O resultado continua positivo na comparação com maio de 2023, com expansão de 1,3%. Nos últimos 12 meses, a alta foi de 2,4%. O levantamento funciona como uma espécie de prévia do Produto Interno Bruto (PIB) — o conjunto de todos os bens e serviços produzidos no País em um determinado período.

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No entanto, o diretor regional da Asserttem aponta os juros altos vigentes no País como um dificultador. “Taxa de juros alta trava o investimento brasileiro e, logo, a geração de mais vagas”, observa.

No último dia 19, em decisão unânime do Banco Central (BC), aconteceu a interrupção do ciclo de cortes da taxa básica de juros, a Selic. Na ocasião, o Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, decidiu manter a Selic em 10,50% ao ano.

Botinha conta que o desempenho da atividade no Estado no primeiro semestre deste ano foi “bem parecido” com o verificado em 2023. E destaca que a melhor época para a geração de vagas temporárias, com destaque para o varejo, é o quarto trimestre do ano. “É um período que aquece o varejo por causa de datas importantes e fortes, como a Black Friday e o Natal, e isso acaba tendo reflexos positivos em toda a cadeia da indústria”, observa.  

Vagas temporárias no País devem chegar a 645 mil no 2º trimestre

No País, as contratações nos meses de julho, agosto e setembro deste ano, em comparação com igual intervalo de 2023, devem gerar cerca de 645 mil vagas temporárias, conforme estimativa da Asserttem.

O presidente da associação, Alexandre Leite Lopes, conta que junho foi o pontapé inicial para uma crescente nas contratações temporárias, que devem seguir em alta durante o terceiro trimestre do ano.

“Alguns fatores têm estimulado a geração de vagas temporárias e nos deixa otimista para os próximos meses, como: as férias escolares no mês de julho, que impulsionam o turismo; a alta do dólar, que estimula as exportações; o aquecimento da área de eventos corporativos e de entretenimento; bem como a mudança nos hábitos de consumo dos brasileiros em relação às compras on-line”, analisa.

De acordo com a Asserttem, no terceiro trimestre de 2024, a criação de vagas temporárias no Brasil devem ser puxadas pelo setor da indústria (45%), seguido pelo de serviços (35%), comércio (15%) e outros (5%).

Geração de vagas temporárias no 2º tri superaram as expectativas

O otimismo para os meses de julho, agosto e setembro de 2024 é puxado pelo resultado positivo do segundo trimestre deste ano, que gerou aproximadamente 598 mil vagas temporárias no País, segundo dados da associação.  “Os meses de abril, maio e junho superaram as expectativas da Asserttem”, destaca Lopes.

“Em junho, tivemos um aumento na contratação de temporários puxado pela área de logística, devido à mudança nos hábitos de consumo com as compras on-line, principalmente em roupas e supermercado; bem como a alta do dólar, que gerou uma demanda que não estava prevista. Assim, as empresas que exportam, principalmente nos setores da indústria e agronegócio, contrataram trabalhadores temporários para atender às demandas do mercado”, explica.

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