Vale negocia venda parcial da Aliança Energia após comprar o ativo da Cemig

Após adquirir o controle total da Aliança Geração de Energia, a mineradora Vale está negociando parte da companhia no mercado. A empresa, considerada uma das principais geradoras privadas de energia elétrica do Brasil, é fruto de uma parceria estratégica da Vale com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) firmada há nove anos e encerrada no primeiro semestre deste ano.
De acordo com a mineradora, que confirmou a negociação, novos potenciais parceiros estão sendo avaliados para a Aliança Energia. Em comunicado, a mineradora destaca que “não há qualquer instrumento vinculante ou decisão tomada a respeito de quem será o potencial parceiro ou sua estrutura de capital”.
A ação ocorre aproximadamente seis meses após a Vale adquirir a fatia de 45% pertencente à Cemig. Segundo o consultor de mercado de energia da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Sérgio Pataca, após as negociações com a Vale não avançarem, a Cemig vendeu a totalidade da participação para a mineradora.
“A Vale já tem uma política de dividir investimentos e participar de joint ventures, já a Cemig, em sua nova gestão, segue pelo caminho oposto, priorizando por aquisições totais ou desinvestimentos”, avalia.
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O investimento em empreendimentos conjuntos, de acordo com o consultor, são alternativas comuns no mercado de energia elétrica por unir capitais e conhecimento, ao mesmo tempo que dividem-se riscos. “A Aliança Energia foi formada a partir de um grande consumidor, que é a Vale unida ao conhecimento técnico de operação da Cemig”, acrescenta.
Portfólio de operação garante previsibilidade na receita da companhia
Fundada em 2015, a Aliança Geração de Energia atualmente possui sete usinas hidrelétricas em Minas Gerais, além de dois parques eólicos no estado do Ceará. Somados, a companhia possui capacidade instalada de 1.328 Megawatts (MW).
A empresa trabalha com contratos de venda de energia de longo prazo, no ambiente de contratação livre (ACL) com as suas acionistas e no ambiente de contratação regulada (ACR) com distribuidoras de energia elétrica. Segundo a companhia, a ampla possibilidade de contratação permite que a Aliança obtenha uma uma receita estável e previsível para os próximos anos.
Com sede em Belo Horizonte, a empresa também aposta em diversificar a matriz energética, partindo pela geração de fontes diversificadas, como eólica e solar, assegurando a sustentabilidade das operações.
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