Vale anuncia baixa contábil de US$ 3,2 bi

Rio de Janeiro – A Vale afirmou ontem que fará uma baixa contábil de aproximadamente US$ 3,2 bilhões no quarto trimestre, após reavaliar ativos de metais básicos e carvão, e não descartou impairments adicionais ainda em 2019.
No caso de metais básicos, responsável por metade da baixa contábil total, a ação foi necessária após uma revisão das operações da Nova Caledônia, disse a empresa em fato relevante.
A Vale reduziu os níveis esperados de produção ao longo da vida útil remanescente da mina e registrará um impairment de cerca de US$ 1,6 bilhão no trimestre, de um total de aproximadamente 3 bilhões de ativos nessas operações, afirmou.
“A revisão anual dos ativos da companhia na Nova Caledônia será concluída até fevereiro de 2020 e ajustes adicionais que necessitam ser implementados estão em avaliação e, consequentemente, impairments adicionais que podem impactar o ano fiscal de 2019 não podem ser descartados ainda”, afirmou.
Já no caso do carvão, responsável pelos outros US$ 1,6 bilhão em impairment, a Vale identificou que sua expectativa de yield do carvão metalúrgico e térmico mudou desde a concepção do projeto, principalmente devido a problemas técnicos apresentados no projeto e nas operações.
A companhia explicou que realizou também uma revisão detalhada do plano de lavra, o que reduziu o nível de reservas provadas, e revisou os cenários de preço do carvão metalúrgico e térmico utilizado em suas avaliações.
“O novo plano de lavra do carvão priorizará reservas minerais de melhor qualidade, maximizando a participação do carvão metalúrgico no mix de produtos e com uma menor relação estéril/minério”, disse a empresa.
Segundo a empresa, em 2020, as operações de carvão em Moatize entrarão em manutenção por um período de três meses e implementarão um novo flowsheet operacional, aumentando a produtividade e o yield da planta.
Após a adoção dessas medidas, a Vale espera alcançar um ritmo de produção de 15 milhões de toneladas por ano no segundo semestre do próximo ano em Moatize. (Reuters)
Ouça a rádio de Minas