Vale deve reportar lucro de US$ 1,05 por ação

A mineradora Vale deverá registrar um significativo aumento nas receitas trimestrais quando publicar seu balanço, na segunda-feira (26).
A média das estimativas de cinco analistas para os resultados da empresa mostra expectativas de aumento de 87,4% na receita, para US$ 13,124 bilhões, acima dos US$ 7 bilhões vistos em igual período do ano passado, segundo dados da Refinitiv.
Conforme o levantamento, o lucro da Vale deve atingir US$ 1,05 por ação. No mesmo período do ano passado, a companhia registrou lucro de US$ 0,07 por papel.
Atualmente, a avaliação média de analistas para as ações da empresa indica “compra”. São 19 recomendações de “compra forte” ou “compra”, duas de “manter” e uma de “venda” ou “venda forte.”
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A média das estimativas de analistas para o lucro subiu cerca de 7,1% nos últimos três meses.
O preço-alvo médio de 12 meses para a ação da Vale em Wall Street é de US# 23,25, cerca de 16,3% acima do último fechamento, de US$ 19,45.
Risco de ruptura em barragem – A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu na quinta-feira (22), por unanimidade, restabelecer uma decisão que impede a retomada de atividades na barragem Norte Laranjeiras, da mineradora Vale, em Barão de Cocais, município mineiro de cerca de 32 mil habitantes.
A barragem abriga rejeitos da mina de Brucutu, que explora minério de ferro. A decisão do STJ foi tomada com base em novas informações repassadas pelo Ministério Público Federal (MPF), segundo as quais há risco de rompimento.
Relatório recente da Agência Nacional de Mineração (ANM) constatou “incertezas sobre o comportamento geomecânico da barragem e de sua fundação, e a existência de materiais de baixa resistência na estrutura”, segundo informações divulgadas pelo STJ.
De acordo com o tribunal, o MPF informou que o estudo realizado no local demonstrou também “o aparecimento de trincas na estrutura da barragem, cujas causas ainda não foram identificadas”.
Com a decisão do STJ, ficou restabelecida uma determinação da Justiça estadual que havia suspendido o funcionamento da barragem ainda em 2019. Esta ordem local encontrava-se sem efeito desde em junho daquele ano, quando foi sustada pelo ministro João Otávio de Noronha.
Na quinta-feira (22), o ministro disse que decidiu restabelecer a decisão da Justiça estadual pois o novo relatório da ANM, embora não seja uma perícia conclusiva, deixou de certificar o funcionamento da barragem e “fala de incertezas sobre a segurança local”.
Em nota, a Vale informou que a decisão não tem efeito prático, pois desde o final de 2019 a companhia já inativou a barragem Norte Laranjeiras. “A Vale continua executando estudos e o monitoramento das condições da estrutura, bem como obras para a melhoria da segurança da barragem”, disse a mineradora.
Desde 2019, diversas iniciativas de evacuação e realocação de moradores têm sido realizadas na região. Em fevereiro, foi promovida uma nova retirada de moradores dos arredores da barragem.
5ª alta semanal – Os contratos futuros do minério de ferro avançaram na Ásia na sexta-feira (23), a caminho de uma quinta semana consecutiva de ganhos, à medida que limites antipoluição à produção de aço afetam importantes produtores chineses e o fortalecimento da demanda global impulsiona os preços a patamares recordes.
O minério de ferro para setembro na Bolsa de Commodities de Dalian da China encerrou as negociações em alta de 1,2%, a 1.104,50 iuanes (US$ 170,11) a tonelada. O contrato mais ativo subiu 4,3% nesta semana.
Os preços do aço na Bolsa de Futuros de Xangai ampliaram os ganhos, com o vergalhão para construção subindo 1,7%, para 5.299 iuanes por tonelada, logo abaixo do recorde de 5.300 iuanes.
A bobina laminada a quente, usada em carrocerias de automóveis e eletrodomésticos, subiu 0,9%, para 5.590 iuanes por tonelada, após atingir um pico de 5.597 iuanes.
“Este é um ciclo altista clássico do mercado de aço”, disseram analistas da J.P. Morgan em nota. “À medida que o mundo fora da China emerge da pandemia e reage às medidas de estímulo, a demanda está se recuperando em um ritmo acelerado.”
Isso também é um bom presságio para a China, que é o maior exportador mundial de materiais de aço e produtos à base de aço.
As conversas sobre novas restrições à produção de aço na China também ajudaram os preços do aço a disparar na Ásia. Seguindo restrições na principal cidade siderúrgica de Tangshan, Handan implementará medidas de controle de produção em seus setores de aço e coque de 21 de abril a 30 de junho, informou o China Metallurgical News. (Reuters e ABr)
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