Vale do Lítio atrai R$ 6,3 bi e transforma o Jequitinhonha

Historicamente marcado por desigualdades, o Vale do Jequitinhonha começa a escrever uma nova trajetória com o Programa Vale do Lítio, lançado em 2023 pelo governo de Minas. O projeto estratégico, que se estende pelo Jequitinhonha, Mucuri e pelo Norte do Estado, vem atraindo investimentos bilionários, expandindo a produção de um mineral essencial para a transição energética global e gerando oportunidades de desenvolvimento econômico e social.

Até o momento, o Vale do Lítio já atraiu R$ 6,3 bilhões em projetos. O programa é considerado um caso de sucesso, inserido no marco demais de R$ 500 bilhões em aportes privados anunciados trabalho acompanha a atração de capital. A previsão é de geração de 10 mil postos de trabalho, entre diretos e indiretos, nos municípios da região que concentram a maior reserva do mineral conhecida no País.

Tudo isso foi possível graças às ações do governo de Minas, que reduziram a burocracia e ampliaram a oferta de mão de obra capacitada nos vales do Jequitinhonha e Mucuri. Por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede) e da Invest Minas, em articulação com todas as esferas governamentais e entidades empresariais, o Estado vem criando condições para atrair investimentos.

Produção avança – O lítio é um mineral essencial para baterias de longa duração, reconhecido globalmente como estratégico para a transição energética. Essa demanda impulsionou o crescimento da produção mineira. Em 2024, Minas Gerais registrou produção recorde de 944 mil toneladas, quase quatro vezes superior ao volume de 2023, de 263 mil toneladas.

Os efeitos econômicos se refletem diretamente na capacidade de investimento dos municípios. Desde o lançamento do programa estratégico, em 2023, os impactos positivos resultaram em aumento da arrecadação pública.

Em 2024, as cidades de Itinga e Araçuaí arrecadaram juntas mais de R$ 16,3 milhões, valor 26 vezes superior ao registrado em 2021, período anterior ao lançamento do projeto estratégico do governo. A arrecadação da Compensação Financeira pela Produção Mineral (Cfem) também disparou, passando de R$ 1,419 milhão em 2019 para R$ 55,1 milhões em 2023. Esses recursos são cruciais para a prestação de serviços aos cidadãos.

Projetos – Atualmente, o Estado abriga a única planta química nacional de compostos de lítio, operada pela Companhia Brasileira de Lítio (CBL) em Divisa Alegre. Outra empresa já em fase operacional é a Sigma Lithium, que adotou tecnologia green tech (tecnologia verde) em sua produção.

Além disso, fruto de tratati- vas em missão internacional do governo, a australiana Pilbara Minerals está implantando um projeto em Salinas que vai gerar ainda mais empregos no âmbito do Programa Vale do Lítio.