Economia

Vale planeja desembolsar R$ 9 bi em reparação

Vale planeja desembolsar R$ 9 bi em reparação
Crédito: Agência Brasil

Rio – A Vale planeja desembolsar aproximadamente R$ 9 bilhões em 2022 com reparações relacionadas ao rompimento de barragem de rejeitos de mineração em Brumadinho (Região Metropolitana de Belo Horizonte), disse na sexta-feira (21) o diretor especial de Reparação e Desenvolvimento da companhia, Marcelo Klein.

O montante previsto não considera os valores que devem ser aportados para indenizações individuais, que estão sendo fechadas.

O colapso da estrutura, que está prestes a completar três anos em 25 de janeiro, liberou uma onda de lama que deixou 270 mortos, além de atingir florestas, rios e comunidades.

Dentre as grandes prioridades para o ano, segundo Klein, está auxiliar o trabalho dos bombeiros para encontrar as últimas seis vítimas fatais do desastre.

Além disso, a empresa trabalha em diversas frentes para reconquistar a confiança da população, entregando não só as reparações pela tragédia, mas todo um trabalho de aproximação com a sociedade e de participação na construção de melhorias no desenvolvimento das regiões onde atua.

Segundo Klein, há uma demanda das comunidades para a mineração agora trabalhar em outro patamar.

“Nós precisamos trabalhar essa relação de confiança que foi abalada, destruída. Estamos construindo um caminho para honrar as pessoas que morreram”, disse em videoconferência.

Desde 2019, a companhia desembolsou cerca de R$ 18 bilhões com reparações e compensações dos danos sociais e ambientais.

Além disso, cerca de 12 mil pessoas firmaram acordos de indenização cíveis e trabalhistas com a Vale, o que resultou no pagamento de mais de R$ 2,6 bilhões. Pelo menos um familiar de cada empregado, próprio ou terceirizado, falecido no rompimento já fez acordo de indenização com a Vale.

No ano passado, a mineradora fechou um Acordo de Reparação Integral com Governo de Minas, ministérios públicos estadual e federal e defensoria pública que rege ações em curso, e que encerrou ações coletivas judiciais. Já os acordos individuais estão sendo realizados separadamente.

Cotação do minério de ferro sobe 3%

Pequim – Os contratos futuros de minério de ferro na China subiram por volta de 3% na sexta-feira (21), registrando o terceiro ganho semanal consecutivo em meio a esperanças de forte demanda, alimentadas pelas novas medidas de estímulo de Pequim, enquanto os preços do aço seguiam limitados com os cortes de produção nas usinas.

As taxas de utilização da capacidade dos altos-fornos em 247 siderúrgicas em todo o País continuam se recuperando e ficaram em 81,08% nesta semana, acima dos 79,89% da semana anterior, mostraram dados da consultoria Mysteel.

“Há uma forte expectativa de que a produção de aço será retomada no médio prazo”, disseram analistas da SinoSteel Futures. Mas eles alertaram que a demanda de curto prazo por ingredientes siderúrgicos está pressionada em razão das Olimpíadas de Inverno e de restrições relacionadas à pandemia.

Os futuros de minério de ferro de referência na bolsa de commodities de Dalian, para entrega em maio, saltaram até 3%, para 762 iuanes (US$ 120,12) por tonelada, a maior alta desde 13 de outubro. Os contratos encerraram com alta de 2,2%, a 756 iuanes por tonelada, acumulando ganho semanal de 4,6%.

Outros ingredientes siderúrgicos, no entanto, caíram na bolsa de Dalian. O carvão metalúrgico perdeu 2,6%, a 2.207 iuanes por tonelada, e os preços do coque caíram 1,4%, para 2.908 iuanes por tonelada.

O governo da Indonésia afrouxou na quinta-feira (20) a proibição de exportação de carvão para 139 empresas depois que elas atenderam a exigências de vendas do mercado local destinadas a evitar uma crise de fornecimento e falta de energia.

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