Vale tem alta de 11% no lucro líquido do 3° tri para US$2,7 bi, acima do esperado
 
                            A Vale reportou nesta quinta-feira (30) lucro líquido de US$ 2,7 bilhões no terceiro trimestre, alta de 11% em relação ao mesmo período do ano passado, com impulso dos segmentos de minério de ferro e cobre.
O resultado da empresa, que é uma das maiores mineradoras de ferro do mundo, veio acima das estimativas do mercado, de US$ 2,1 bilhões, segundo estimativa da LSEG.
Na semana passada, a companhia já havia reportado sua maior produção trimestral de minério de ferro desde 2018, com aumento no volume de vendas para o seu principal produto de mais de 5%, além de melhores preços.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou US$ 4,4 bilhões, avanço de 21%, enquanto a receita líquida de vendas atingiu US$10,4 bilhões, alta de 9%.
“Esses resultados reforçam minha confiança no futuro da Vale e no valor que estamos criando para todos os stakeholders”, disse o presidente-executivo da Vale, Gustavo Pimenta, em nota.
Ele citou também que o cobre teve seu melhor resultado para o terceiro trimestre desde 2019, enquanto a empresa continuou a melhorar sua competitividade de custos no níquel.
Paralelamente, a companhia informou que reduziu estimativas de custos de projetos de cobre e níquel para 2025.
Estratégia
A Vale destacou que sua estratégia de vendas foi bem-sucedida, com suporte do aumento na oferta de produtos blendados e concentrados, o que garantiu uma melhora de US$ 2/t no prêmio de finos de minério de ferro na comparação trimestral.
A estratégia se baseia na flexibilidade da cadeia de valor para entregar o que os clientes precisam, disse a Vale, maximizando valor para a empresa.
A companhia frisou que lançou oficialmente seu produto de médio teor de Carajás, que promove melhor resultado operacional e otimização do plano de lavra na sua maior mina, no Pará.
A melhoria dos prêmios contribuiu para a queda do chamado “custo all-in”, afirmou a mineradora.
Os “custos all-in” do minério de ferro caíram 4% na comparação anual para US$ 52,9/tonelada, também favorecidos por menores custos de frete.
O indicador do fluxo de caixa livre recorrente foi de US$ 1,6 bilhão — US$ 1 bilhão maior na comparação anual, reflexo, principalmente, da alta do Ebitda.
Já a dívida líquida expandida somou US$ 16,6 bilhões ao final do trimestre, afirmou a Vale, citando redução de US$ 0,8 bilhão na comparação trimestral em razão da forte geração de fluxo de caixa livre.
O investimento totalizou US$ 1,3 bilhão no trimestre, mantendo-se no caminho para alcançar o guidance de US$ 5,4 a US$ 5,7 bilhões em 2025, segundo o relatório.
A empresa também ressaltou que programa de reparação pela queda de uma barragem da Samarco, de propriedade da Vale com a BHP, continua progredindo, com R$ 70 bilhões desembolsados até 30 de setembro de 2025.
Conteúdo distribuído por Reuters
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