Vale volta a ter lucro líquido após dois trimestres de queda

Rio de Janeiro – A Vale voltou a registrar lucro após dois trimestres seguidos de prejuízo depois do acidente de Brumadinho em 25 de janeiro. A empresa teve lucro líquido de R$ 6,5 bilhões no terceiro trimestre deste ano, um resultado 13,7% superior ao registrado no mesmo período de 2018.
No primeiro trimestre de 2019, o resultado havia sido um prejuízo de R$ 6,4 bilhões, e no seguinte, de R$ 384 milhões. Na ocasião, a empresa creditou o prejuízo por provisões relacionadas à ruptura da barragem de Brumadinho, que deixou um rastro de destruição na região e levou ao aumento nas restrições para a operação de barragens de rejeito de minério no País. Foram 237 mortos e 33 desaparecidos.
No ano, a Vale ainda acumula prejuízo líquido de R$ 264 milhões, principalmente por causa das provisões e despesas com a ruptura da barragem, que somam R$ 24,1 bilhões, divulgou a empresa em nota.
Entre julho e setembro, a receita líquida totalizou R$ 40,7 bilhões, contra R$ 4,7 bilhões no segundo trimestre. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização totalizou R$ 18,3 bilhões.
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“(Os números são) Resultado, principalmente, do progresso contínuo de retomada de operações nos Sistemas Sul e Sudeste, da sólida performance operacional e da normalização de embarques no Sistema Norte, com o consequente aumento de produção e de vendas”, afirmou a Vale.
A Vale afirmou que teve despesas de R$ 893 milhões referentes a comunicação, acomodação, assistência humanitária, equipamentos, serviços jurídicos, água, ajuda alimentícia, impostos, entre outros, todos como reparação relacionadas a Brumadinho.
A empresa disse ainda que não reconheceu provisões adicionais no terceiro trimestre. Nos três primeiros meses do ano, havia reconhecido R$ 21,754 bilhões para atender indenizações, doações, remediação para as áreas afetadas e compensação para a sociedade.
A Vale divulgou que o volume de vendas de minério de ferro e pelotas chegou a 85,1 milhões de toneladas entre julho e setembro, 20,2% maior do que no segundo trimestre do ano. A empresa creditou o desempenho à retomada de produção suspensa e às melhorias operacionais no Sistema Norte e no terminal de Ponta Madeira. (Folhapress)
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