Valor de mercado da Sigma Mineração dá salto enorme

Antes mesmo de iniciar as operações, a Sigma Mineração já vem colhendo frutos do projeto revolucionário que está implantando no Vale do Jequitinhonha para produção de concentrado de lítio grau bateria de alta pureza. A empresa saltou de um valor de mercado de US$ 1,6 bilhão em abril para US$ 5,1 bilhões neste mês, graças à demanda crescente pelo insumo de baterias diante da transição energética global e ao modelo ambientalmente sustentável proposto pelo empreendimento, que promete ser a primeira unidade greentech do setor mineral no mundo.
De acordo com relatório técnico apresentado pela empresa, a construção em fases potencializa a Sigma a se posicionar como a quarta maior produtora de lítio mundial. O desenvolvimento integrado e em vários estágios das fases 1 e 2 projeta um Valor Presente Líquido (VPL) – um dos métodos mais conhecidos em termos de análise da viabilidade de investimentos -, após impostos de US$ 5,1 bilhões; Taxa Interna de Retorno (TIR) combinada após impostos de 589%; vida útil do projeto de 13 anos e payback de três meses.
Também segundo o documento, a empresa inicia, nos próximos meses, a avaliação econômica preliminar do que seria a fase 3 do complexo. O objetivo é planejar uma potencial expansão da produção das 59 milhões de toneladas de minério de sua reserva.
Segundo a Co-CEO da Sigma, Ana Gardner, um quarto das obras da primeira fase já foi realizado e a previsão é que a etapa seja concluída no último trimestre deste exercício, entrando em operação até o fim de 2022, mediante aportes de R$ 1,2 bilhão. A segunda fase terá início em seguida e deverá consumir mais R$ 1 bilhão em investimentos, em 2023.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
”Ainda estamos em fase de instalação e já estamos ganhando participação de mercado e detrimento de concorrentes que não ancoram suas produções na sustentabilidade. Utilizaremos tecnologia de ponta para agregação de valor em 100 vezes em cima do minério, saindo de uma média de US$ 60 dólares a tonelada para US$ 6 mil dólares a tonelada. São processos metalúrgicos muito rigorosos que garantem o grau de pureza para baterias, senão meu produto pode ser rejeitado e virar cerâmica, graxa ou vidro”, explica.
Empreendimento sustentável
Isso também só tem sido possível pelas características do empreendimento. Ana Gardner lembra que se trata de uma planta que não utiliza agentes químicos nocivos, tem 100% de recirculação de água, energia elétrica 100% limpa e hidrelétrica e utilização do que há de mais moderno para garantir o empilhamento a seco de todo o rejeito.
E os esforços dentro dos pilares ESG (Ambiental, Social e Governança) não param por aí. Conforme a executiva, com o propósito de priorizar mão de obra local para a construção da planta, juntamente com a construtora responsável desenvolveu o Programa “Volta ao Lar” e tem hoje 72% da força de trabalho do projeto oriunda da região do Vale do Jequitinhonha. Atualmente, há mais de 400 trabalhadores atuando na implementação do empreendimento.
“O programa permitiu trazer de volta para os municípios em que operamos a mão de obra que anteriormente migrava para fora da região devido à falta de oportunidades de trabalho. Estamos requalificando esses profissionais que serão aproveitados também na edificação da segunda fase”, ressalta.
Ouça a rádio de Minas