Economia

Valor do aluguel na Capital avança 3,1%, aponta FGV

Reajuste registrado em Belo Horizonte foi o maior do País em agosto
Valor do aluguel na Capital avança 3,1%, aponta FGV
Crédito: Charles Silva Duarte/Arquivo DC

Belo Horizonte registrou o maior reajuste de aluguel em agosto, 3,10%, segundo o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (Ivar), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Todas as capitais monitoradas pelo índice tiveram elevação na variação média do aluguel residencial entre julho e agosto.  Em São Paulo, ela foi de 1,04%; no Rio de Janeiro, 1,15% e, em Porto Alegre, de 2,63%.

No Brasil, o Ivar subiu 1,76% em agosto, o que representa uma aceleração em relação à taxa mensal de 1,05% registrada no mês anterior. Com o resultado, a taxa acumulada em 12 meses passou de 8,65% em julho para 10,41% em agosto.

As taxas interanuais (acumuladas entre agosto de 2021 e o mesmo mês de 2022) também aceleraram em todas as cidades componentes do Ivar: São Paulo (de 8,99% para 10,53%), Rio de Janeiro (10,41% para 11,34%), Porto Alegre (de 6,31% para 8,32%) e Belo Horizonte (9,71% para 12,61%).

A vice-presidente das Administradoras de Imóveis da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), Flávia Vieira, destaca dois motivos principais para a variação maior em Belo Horizonte.

“O primeiro e mais relevante é a recuperação do preço do aluguel, em função da desvalorização da moeda por causa da inflação. Uma outra razão está no fato de que o estoque de imóveis residenciais para aluguel está baixo e aí vale a lei da oferta e da procura, o que aumenta o preço”, observa a dirigente.

Trabalho remoto

O estoque menor vem desde o início do ano, quando houve um aumento expressivo na procura por imóveis. Segundo Flávia Vieira, durante a pandemia, muitos estudantes e profissionais que passaram a trabalhar remotamente foram para o interior.

Premidos pelo isolamento social, eles procuraram sítios e casas em condomínios para morar e trabalhar em home office, ou mesmo voltaram para a casa dos pais, no caso dos estudantes. “Com a retomada das atividades presenciais, voltou todo mundo e isso se refletiu na falta de imóveis residenciais para alugar”, explica.  

O Ivar foi desenvolvido para medir a evolução mensal dos valores de aluguéis residenciais do mercado de imóveis no Brasil. Ele monitora a evolução mensal dos valores de aluguéis residenciais em quatro das principais capitais brasileiras com base em informações anônimas de contratos de locação obtidas pelo Ibre/FGV junto a empresas administradoras de imóveis.

A atualização desses valores ao longo do tempo para um mesmo imóvel ocorre em momentos preestabelecidos nos contratos para reajustes, ou por negociações entre as partes no meio desses períodos. 

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