Economia

Valor do aluguel residencial sobe acima da inflação

Valor do aluguel residencial sobe acima da inflação
CRÉDITOS: CHARLES SILVA DUARTE / arquivo dc

Em Belo Horizonte, o Índice FipeZap de Locação Residencial apresentou alta de 0,82% em março, segundo os dados divulgados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A variação no preço dos aluguéis residenciais em Belo Horizonte superou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que encerrou o terceiro mês de 2019 em 0,29% na Capital. No País, o Índice FipeZap de Locação Residencial fechou março com variação positiva de 0,61%, a quarta alta consecutiva.

Conforme os dados da pesquisa, no acumulado dos primeiros três meses de 2019, o Índice FipeZap de Locação Residencial, em Belo Horizonte, cresceu 1,63%, enquanto a variação registrada no IPCA, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aumentou 1,52% no primeiro trimestre.

O Índice de Locação subiu 7,42%, em Belo Horizonte, ao longo dos últimos 12 meses. A alta também ficou acima do IPCA acumulado no período, que foi de 4,61% no município. Entre as capitais monitoradas, Belo Horizonte se destacou com o maior aumento nominal de preço no período.

Ranking de capitais – Em relação ao preço médio do metro quadrado, Belo Horizonte apareceu em sétimo lugar no levantamento entre as capitais, com o espaço avaliado em R$ 21,49. Em primeiro lugar, veio São Paulo, com R$ 37,65/m², seguido do Rio de Janeiro, com R$ 30,54/m². Depois vieram Brasília (R$ 28,11/m²), Recife (R$ 27,69/m²), Florianópolis (R$ 23,78/m²) e Porto Alegre (R$ 23,20/m²). O preço médio de locação residencial em março de 2019 foi de R$ 28,42 por metro quadrado entre as 25 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap.

Já em relação à rentabilidade do negócio de locação de imóveis residenciais, o estudo mostrou que Belo Horizonte fechou março de 2019 com alta de 3,9%.

“Em Belo Horizonte, a gente vê uma retomada maior no índice de locação. Nas variações registradas em março, no acumulado dos últimos 12 meses e no primeiro trimestre do ano, o incremento já está acima da inflação e vem crescendo com mais força que no País. Não podemos afirmar como será a variação nos próximos meses, mas os movimentos são cíclicos e não costumam ter mudanças bruscas, a menos que aconteça algo muito inesperado. Se as coisas correrem bem e o País conseguir resolver os problemas econômicos e políticos, a tendência é de resultados mais positivos no mercado imobiliário”, explicou o coordenador do Índice Fipezap de Locação Residencial, Eduardo Zylberstajn.

Ao contrário de Belo Horizonte, no País, a alta de 0,61% registrada em março permaneceu abaixo da inflação do mês medida pelo IPCA, que foi de 0,75%, resultando em ligeira queda real do preço médio de locação de imóveis residencial no último mês (-0,14%). No acumulado dos três primeiros meses do ano, a alta foi de 1,68% no valor de locação, superando o IPCA do período (1,51%). Ao longo dos últimos 12 meses, foi verificada valorização de 2,54% nos preços da locação, enquanto a inflação cresceu 4,58%.

Zylberstajn destaca que começou, nos preços de locação, uma inversão da tendência.

“Em 12 meses, vemos ainda uma variação menor do que a inflação, ou seja, os preços em queda real, mas, quando olhamos o último trimestre, percebemos os valores subindo acima da inflação. É uma mudança muito importante. Também quando olhamos a variação de março, todas as capitais tiveram variação positiva. Parece que os preços estão em dinâmica diferente da observada em 2018”, disse.

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