Varejo deve efetivar grande parte dos temporários

Quase 60% dos empresários do varejo em Minas Gerais pretendem aproveitar as contratações temporárias para efetivar os novos funcionários. Essa perspectiva está na pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG). O levantamento mostra que as efetivações devem ocorrer entre os meses de dezembro de 2021 e janeiro de 2022.
Segundo o economista-chefe da Fecomércio-MG, Guilherme Almeida, neste ano, o empresariado está mais otimista que no ano anterior. “Por conta da melhora do ambiente econômico e do avanço do consumo das famílias, tudo indica que o volume de vendas será maior que do ano passado e a tendência é a de que as vendas do varejo continuem a crescer em 2022, por isso, a expectativa dos comerciantes é a de que haja uma possibilidade maior de efetivação para essas vagas”, explica.
Na pesquisa da Fecomércio-MG, o segmento do varejo que puxará o maior número de contratações será tecido, vestuário e calçados (29,7%) e de supermercados, hipermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com 10,6%.
Almeida avalia que os segmentos de primeira necessidade e de vestuário para as pessoas que voltaram ao trabalho presencial serão os locais de maiores vagas para o mercado de trabalho.
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“Com certeza esses setores serão de grande oferecimento de vagas tanto temporárias quanto para efetivação. A pesquisa mostra que supermercados, farmácias, locais onde vendem produtos essenciais não pararam de vender e lojas de vestuário começaram a retomar as vendas com a volta dos serviços de forma híbrida ou presencial”, reforça.

O levantamento destaca que 79,6% das vagas abertas serão destinadas para vendedores e 12,2% ficarão disponibilizadas para os estoquistas e operadores de caixas. Além de serviços gerais, auxiliares de lojas, motoristas e auxiliares de pátios.
Apesar do otimismo para a criação de vagas temporárias para o Estado, o economista-chefe da Fecomércio-MG aponta que o principal dificultador na hora das contratações é a falta de qualificações. A falta de experiência é o principal motivo (30,6%), em segundo lugar está a falta de capacitação (22,4%), seguido de profissionais sem o perfil adequado para o cargo (18,4%).
“Existe uma ponderação por parte das empresas devido à falta de experiência de muitos candidatos. Ter uma boa oratória, abordagem e apresentação ao cliente fazem a diferença na hora de apresentar e vender o produto e se o vendedor não souber dessas e outras práticas, o funcionário pode perder uma boa venda”, esclarece Guilherme Almeida.
Para quem deseja se candidatar a uma vaga temporária, Almeida garante que ainda dá tempo. “Há locais que oferecem cursos básicos. Cursos on-line são bons investimentos para quem deseja concorrer a essas vagas. Além disso, o candidato que passar nesses testes que deseja ser efetivado precisa se mostrar proativo, interessado em aprender a dinâmica da empresa e, principalmente, a se qualificar”, pontua.
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