Economia

Varejo deve ter 1ª alta de vendas de Natal desde início da pandemia

São Paulo com R$ 22,19 bi, Minas Gerais com R$ 5,59 bi e Rio de Janeiro com R$ 5,56 bi concentrarão mais da metade da movimentação financeira prevista
Varejo deve ter 1ª alta de vendas de Natal desde início da pandemia
Os destaques devem ser setores sazonalmente influenciados pelas festas de fim de ano: roupas, calçados e acessórios, e super e hipermercados | Crédito: 6STAR

Rio de Janeiro – O faturamento do varejo brasileiro com as vendas de Natal deve ter um crescimento real esse ano de 1,2%, o primeiro desde o início da pandemia, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC). Ainda assim, deve ficar abaixo dos níveis de 2019.

Em 2022, as vendas no varejo deverão movimentar R$ 65 bilhões ante R$ 64,2 bilhões em 2021, abaixo do faturamento de R$ 67,55 bilhões de 2019.

Os destaques devem ser setores sazonalmente influenciados pelas festas de fim de ano: roupas, calçados e acessórios, e super e hipermercados, segundo a entidade.

“Esse crescimento após dois anos em queda foi viabilizado por programas de recomposição de renda neste ano, recomposição do mercado de trabalho com ocupação maior e menos desempregados e também se deve a uma desaceleração dos preços)”, disse à Reuters o economista da CNC, Fábio Bentes.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


“Ainda temos juros elevados, endividamento das famílias alto; isso impede um crescimento de vendas mais fortes no Natal deste ano. Essa é a data mais importante do comércio.”

Os estados de São Paulo (R$ 22,19 bilhões), Minas Gerais (R$ 5,59 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 5,56 bilhões) concentrarão mais da metade (51,3%) da movimentação financeira prevista para as vendas de Natal, segundo a CNC.

A entidade afirmou que o câmbio mais favorável também vai ajudar a fomentar as vendas neste fim de ano. O câmbio entre setembro e novembro teve um recuo de 4,5% ante igual período do ano passado.

“Esse comportamento do câmbio, no contexto de reajustes expressivos nos preços praticados pela indústria nacional, fomentou a importação de produtos sazonalmente mais demandados nesta época do ano”, disse a CNC.

Dados da Secretaria de Comércio Exterior mostram que as importações de produtos tipicamente natalinos entre setembro e novembro de 2022 (US$ 468,9 milhões) cresceram 8% em relação ao mesmo período de 2021 (US$ 436,1 milhões), alcançando o maior volume desde 2014 (US$ 487,9 milhões).

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas