Economia

Belo Horizonte, Contagem e Betim lideram a geração de empregos em Minas Gerais

Cidades impulsionaram a geração de 207,5 mil vagas no acumulado dos primeiros 11 meses de 2024 em Minas Gerais
Belo Horizonte, Contagem e Betim lideram a geração de empregos em Minas Gerais
Foto: Gil Leonardi / Imprensa MG

De janeiro a novembro de 2024, 620 das 853 cidades de Minas Gerais tiveram superávit de empregos formais e contribuíram para que o Estado encerrasse o período com um saldo positivo de 207,5 mil vagas, alta de 50,3% em relação ao registrado no ano inteiro de 2023.

Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e mostram que Belo Horizonte liderou a criação de vagas entre os municípios, com a abertura de 39,5 mil, o que representa 19% do resultado mineiro.

Quem puxou o desempenho da Capital foi o setor de serviços, que abriu 27,1 mil postos, com destaque para os serviços de escritório, apoio administrativo e outros prestados às empresas (4,9 mil) e os de catering, bufê e outros de comida preparada (2,8 mil).

Na sequência, ficaram Contagem e Betim, ambas da região metropolitana (RMBH). A primeira teve um superávit de 9,9 mil empregos, também puxado pelo setor de serviços (5,9 mil). Já a segunda apresentou um saldo de 8,9 mil, motivado, sobretudo, pela indústria (3,8 mil), destacando-se a de fabricação de automóveis, reboques e carrocerias (2,3 mil) – vale ressaltar que a Stellantis, proprietária da Fiat, possui um complexo industrial na cidade.

Em quarto lugar ficou Juiz de Fora, na Zona da Mata, ao criar 7,4 mil vagas, e em quinto, Uberlândia, no Triângulo Mineiro, com 7,3 mil. Nos dois municípios, a maior parte dos postos de trabalho foi aberta no setor de serviços, sendo 4,5 mil e 2,3 mil, respectivamente.

Extrema, no Sul do Estado, foi a sexta colocada, com superávit de 5,3 mil. O setor de serviços (3,7 mil) respondeu pela maioria dos empregos criados, com destaque para a atividade de armazenamento, carga e descarga (1,5 mil) – por estar localizada na divisa de Minas Gerais com São Paulo, a cidade abriga grandes operadores logísticos.

Nas posições seguintes, ficaram Uberaba e Montes Claros. O município do Triângulo Mineiro criou 4,8 mil postos, enquanto o da região Norte, 4,6 mil. Em ambos, o setor de serviços liderou a geração de empregos, com os respectivos saldos de 2,4 mil e 2,9 mil.

Em nono lugar ficou Pouso Alegre, no Sul do Estado, com um total de 3,7 mil vagas, sendo 2,1 mil na indústria, destacando-se a de eletrodomésticos (667) – a Midea instalou uma unidade na cidade para produzir refrigeradores e lavadoras. Divinópolis, no Centro-Oeste, fechou o top dez, com a abertura de 2,5 mil, a maior parte no setor de serviços (1,2 mil).

Os municípios que mais fecharam postos de trabalho

Nos primeiros 11 meses do ano passado, 12 cidades de Minas Gerais não apresentaram saldo positivo nem negativo de empregos formais, ou seja, registraram o mesmo volume de contratações e demissões. Por outro lado, 221 municípios fecharam postos de trabalho.

A pior performance do período acumulado foi de Jaíba, no Norte do Estado, com déficit de 576 vagas, conforme o Caged. Em seguida, ficaram: Jeceaba (-427), na região Central; Comendador Gomes (-380) e Delta (-304), no Triângulo Mineiro; Arinos (-294), no Norte; Timóteo (-287), no Vale do Aço; Serra do Salitre (-285), no Alto Paranaíba; Pitangui (-227), Funilândia (-212) e Santa Bárbara (-201), na região Central.

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